Eduardo Aguiar

Eduardo Aguiar, 51 anos, é jornalista e filho de um coxa-branca (ainda bem que existe a Teoria de Darwin, sobre a Evolução das Espécies!). Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2006.

 

 

As escolhas de Evaristo

12/10/2005


Evaristo terá um problema diferente daquele que enfrentava Antônio Lopes. Antes, o técnico tinha que se virar com a falta de jogadores, muitos deles no DM. Agora, é o excesso de atletas para cada posição.

Quem no gol?
Sem polêmicas. Não tenho nada contra o Diego, mas acho que o momento é do Tiago. Aliás, não sei porque se criou esta novela em torno do assunto. Em todas as posições é assim: quem está melhor, entra e joga. No gol não é diferente. E o Tiago está melhor, transmite mais segurança ao time e à torcida. Se Evaristo o escolher, a decisão deve ser vista com naturalidade.

Quem no ataque?
Sendo coerente com o que acabei de dizer, voto no Lima para fazer dupla com o Dagoberto. O Aloísio, assim como ele, também está voltando de contusão. Mas Lima já voltou a marcar gols, Aloísio não – embora tenha jogado muita bola contra o Fortaleza.

Quem no meio?
Ferreira volta da seleção colombiana e é uma boa opção para jogar ao lado do Evandro. Mas há também a possibilidade de recuar o Lima ou o Dagoberto e manter o Aloísio no ataque. Prefiro a primeira opção: Ferreira é mais útil para o time, principalmente num clássico onde é importante ter mais posse de bola do que o adversário.

Cuidado redobrado
É bom avisar o Dago para ter cuidado no clássico. Cuca manda bater, e bater bem.


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Campeonatos maculados

Não, não se deve denunciar sem provas. Mas dois nomes tradicionais do futebol paranaense, Evandro Rogério Roman e José Carlos Marcondes, envolveram o Coritiba no esquema do “mensalão do apito”. Um apontou irregularidades numa semifinal do Campeonato Paranaense de 2003; outro na final de 2004.

O Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná já mostrou fraqueza ao absolver vários envolvidos no escândalo de corrupção. Mas irá manchar de vez o nome de seus auditores e envergonhar ainda mais o futebol paranaense se não investigar tais denúncias.

O Coxa foi rápido e soltou nota oficial desmentindo Roman. Mas nada disse sobre as acusações de Marcondes, a respeito da final de 2004.

De todas as denúncias surgidas desde que começou o escândalo do apito no Paraná, estas foram as mais graves.

Os quatro envolvidos punidos no julgamento de segunda-feira o foram com base em provas testemunhais. Portanto, se Roman e Marcondes não tiverem provas materiais para apresentar, também não há motivos para ignorar as denúncias.

Há que se investigar a fundo.

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Graaaaaande estádio!

Belém do Pará. Estádio Olímpico Edgard Proença, o Mangueirão. Capacidade atual: 54.600 torcedores.

Terça-feira, 11 de outubro de 2005. O que era para ser apenas um treino da seleção, virou tragédia: três portões do estádio foram arrombados e uma menina de dez anos, Elineli dos Santos, morreu com traumatismo craniano. Mais de 100 feridos foram atendidos.

Li esta notícia em vários veículos, mas nada encontrei sobre o assunto no site da Conmebol. Afinal, para a confederação sul-americana, o que vale é o tamanho. As condições de segurança e a boa organização do evento não são requisitos básicos.


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