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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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A imprensa esportiva
11/10/2005
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Alguns acontecimentos têm me deixado aborrecido. Não consigo entender se há tanta má vontade, desinformação, desinteresse ou interesses outros por trás de alguns jornalistas e meios de comunicação. Não se generalize, mas a imprensa esportiva paranaense, em geral, é fraca.
O caso da "máfia do apito" é interessante. Um canal de outra praça teve que vir até Ponta Grossa para colocar a boca no trombone e denunciar uma série de coisas das quais todo mundo já desconfiava: que existia corrupção dentro do quadro de árbitros da Federação Paranaense de Futebol. Na minha opinião, bem investigado, pode-se chegar também à administração da Federação, que em praticamente duas décadas é regida pela mesma pessoa.
Outro caso foi a matéria sobre Dagoberto. Uma coisa é ter a opinião, como eu tinha por exemplo, de que Dagoberto não voltaria tão cedo, que seus empresários poderiam estar forçando uma situação de saÃda e até mesmo duvidei do sucesso da cirurgia. Mas não sou jornalista, sou um mero opinador, torcedor palpiteiro ou qualquer coisa do gênero. Na matéria da Revista Placar, como bem lembrado pelo editor deste site, "big boss" Marçal Justen Neto, uma das premissas básicas do bom jornalismo não foi cumprido: ouvir todas as partes interessadas.
Agora vejo crÃticas demasiadas, por exemplo, ao treinador coxa, como se fosse ele o único culpado pela campanha apenas razoável de nosso rival. Cuca veio para o Coritiba sabendo que este ano o futebol não receberia grandes investimentos, provavelmente nem ano que vem receba muito. A mesma imprensa que noticia com contagiante euforia as reformas no Couto, que realmente melhorou, mas não merece o ridÃculo tÃtulo de "Monumental", que entregou os louros da glória ao presidente Giovani por ter saneado o clube, evitando que o eminente leilão do centro de treinamentos da Vila Zumbi se realizasse, simplesmente queria que os jogadores, chamados pelo próprio presidente deles de pangarés, fizessem uma excelente campanha no Brasileiro.
Também leio e escuto outra lorota, desta vez sobre o Paraná. Fala-se de perspectivas, de contratações, como se o Paraná não tivesse entrado em campo em mais um Brasileiro somente para evitar o rebaixamento. Quis o destino que muitos dos jogadores dessem certo, que Flávio voltasse a ser o Pantera que aprendemos a admirar em seus tempo de Atlético e que ambos os treinadores que assumiram o clube tenham demonstrado competência. Mas falar de organização de um time que sequer tem um campo de jogo?
Um time que não tem elenco próprio? Quantos desses bons jogadores ficarão ano que vem para jogar uma Sul Americana, numa dessas uma Libertadores pelo tricolor das diversas vilas? Um time que se monta na hora, com respaldo de empresários que inclusive patrocinam a camisa das categorias de base do Paraná Clube é pra ser considerado organizado, com planejamento?
Já o Atlético, que este ano foi extravagante no número de contratações é tachado como paraÃso de empresários, que esse fulano, que outro cicrano escalam o time titular. Um pouco de equilÃbrio na forma como se postam as notÃcias, seria uma boa. Devolveria credibilidade à classe, respaldo dos clubes e principalmente, a satisfação de ouvintes, telespectadores e leitores dos veÃculos de comunicação de nosso Estado.
ARREMATE
Há luz no fim do túnel?
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