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Marcel Costa
Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.
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Qual a intenção da Revista Placar?
07/10/2005
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Na edição de outubro da revista Placar foi publicada uma matéria chamada “Um ano de martírio”, de responsabilidade do jornalista Altair Santos (não é o mesmo do site futebolpr que gosta de falar mal do Atlético?), sobre a contusão do nosso craque Dagoberto. O texto é repleto de inverdades e critica muita gente, especialmente a diretoria atleticana e, pasmem, o Dr. Freddie Fu, um dos melhores especialistas em joelho do mundo. Não sei qual a intenção desta revista que já foi o principal veículo de informação sobre o esporte no país e, hoje, sequer consegue manter uma edição semanal, além de não ter a qualidade de um periódico como o Lance!, por exemplo.
Na reportagem, logo no subtítulo, a seguinte afirmação: “Lembra do Dagoberto? Ele machucou o joelho dia 17 de outubro de 2004 e nunca mais foi o mesmo. Saiba exatamente o que ocorreu”. Lendo isso, parece que Dago é um jogador da década de 70, que ninguém nunca mais ouviu falar. Além do que dizer que ele nunca mais foi o mesmo é no mínimo curioso, pois neste tempo ele não jogou, como seria o mesmo de antes? Impossível, pelo menos para mim. A personalidade dele só aumentou e a vontade de vencer é ainda maior. Talvez ,por isso, Dagoberto não seja mais o mesmo, só pode!
Depois, o jornalista fala em dinheiro e traição. Apenas insinua isso, pois em momento algum consegue provar que alguém foi traído ou a opção pela operação nos Estados Unidos fora por motivo financeiro. Se a traição trata da não opção pela cirurgia com o competente Dr. Edilson Thiele, na época chefe do departamento médico do clube, o jornalista está equivocado, pois em momento algum o médico foi traído.
O atleta Dagoberto, antes de ser um jogador profissional, é uma pessoa com livre arbítrio. Aprendi com meu falecido avô, o médico Dr. Carlos Franco Ferreira da Costa, que as pessoas devem escolher o profissional de sua confiança, independente de quem seja. O Dr. Edílson Thiele, por mais competente que fosse, não poderia nem deveria sentir-se desprestigiado em razão de escolha do atleta. Neste caso, independente da opção pela cirurgia no exterior ter sido de Dagoberto ou se este foi aconselhado por seu procurador, o atleta era e é livre para operar seu joelho onde sentir-se mais a vontade. Se preferiu o Dr. Freddie H. Fu, mundialmente conhecido pela sua competência em cirurgia de joelho e ombro em atletas de alto nível, esta era uma opção pessoal que não poderia desagradar aos médicos atleticanos.
Em momento nenhum o clube estava preterindo seu corpo médico, mas deixou o atleta livre para optar pelo melhor para ele. Assim como poderia ter optado pelo próprio Dr. Edílson Thiele, Dagoberto escolheu o Dr. Fu, da mesma forma que um jogador atleticano é livre para contratar um advogado pessoal de sua preferência. Ao tratar o Dr. Freddie Fu como um desconhecido, a revista e o jornalista mostram pouco conhecimento técnico sobre o assunto ou preferem omitir o currículo consagrado do médico, jogando a torcida contra o atleta e o clube.
No fim, a reportagem perde todo o sentido ao dizer que Dagoberto poderá ficar mais um ano parado ou até mesmo refazer sua cirurgia. A matéria, que quis dar ares de novela à recuperação do craque atleticano, acabou taxada como uma comédia pastelão, de muito mau gosto, por sinal. Dagoberto está aí, voltando com tudo e mostrando a todos, entre eles os invejosos, que seu futebol continua sendo brilhante e que sua carreira no Atlético está apenas recomeçando, para felicidade da nação rubro-negra e dos admiradores do bom futebol, mas para tristeza dos que invejam o craque e o Atlético.
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