Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Ter ídolos

04/10/2005


Nunca vou me esquecer, meu primeiro ídolo no Atlético foi Marolla. O goleiro de nome engraçado foi campeão no Atlético por três vezes e, se não era um goleiro da categoria de Roberto Costa, Ricardo Pinto, Flávio ou Diego, tinha muita estrela, carisma e uma fórmula mágica para pegar pênaltis.

Depois veio Carlinhos Sabiá, um dos jogadores mais habilidosos que tive o prazer de ver jogar. Muitos se foram, idolatrei Reginaldo Cachorrão na época de vacas magras e me imaginava fazendo gols como Paulo Rink e Oséas. A paixão, a forma extremamente passional como amamos o Atlético nos ajudam a fabricar ídolos com certa facilidade, mais do que a maioria das outras torcidas. Depois de Warley, Lucas, Gustavo, Kelly, Gabiru, Alex Mineiro (o cara), surge o garoto Dagoberto.

Confesso que cheguei a me arrepiar domingo último quando a torcida cantava em uníssono o nome do caboclo. Me lembrei da fanática torcida da Fiorentina da Itália, que faz jus à fama de vibrante e apaixonada, tendo uma forte rivalidade com a Juventus de Turim por causa da venda de Roberto Baggio e que idolatra até hoje o argentino Batistuta. Um time que conquistou poucos títulos, mas que tem uma galeria de ídolos que são amados pela torcida.

Dagoberto voltou, e bem. Honestamente não esperava tanto dele que presenteou milhares de atleticanos com uma bela atuação, mostrando muita vontade e principalmente raça. Isso já é mais que meio caminho andado para cair, ou voltar às graças da torcida atleticana.

Como é bom torcer para um time que tem ídolos!

FALANDO NISSO

Temos um ídolo e um candidato a que estão em situação delicada com a nação rubro-negra. Porque não cuidarmos mais um pouco de nosso ídolo Diego ao invés de criticá-lo tanto? Será que a torcida da Internazionale de Milão está brava com o Julio César que rebateu uma fortíssima cobrança de falta e no rebote a Juventus fez gol? Ou foi criticado pela bola muito bem colocada no segundo gol, em nova falta, que passou ao lado da barreira o pegando no contrapé? Ah, se fosse aqui...

Denis Marques é um caso complicado, afinal, o sujeito não se ajuda. Ano passado e mais de uma vez este ano, já desrespeitou alguns torcedores, principalmente da torcida organizada e parece ser flagrado constantemente na noite curitibana. Além de, honestamente, não ter jogado quase nada este ano. Quem sabe com gols, cabeça no lugar e humildade, o jovem Denis volte a fazer aquilo que a torcida espera dele. Se a torcida cobra, sabe que ele pode dar mais. Força, Denis!

ARREMATE

Teima em não, mas há de cicatrizar.


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