Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

A influência de Dago no espetáculo!

03/10/2005


Neste Campeonato Brasileiro em que não temos muito a festejar, o retorno do nosso maior craque aos gramados foi um dos mais emocionantes e belos momentos deste segundo semestre de 2005. Assim como no Atletiba, cada movimentação de Dagoberto, dentro e fora de campo, era celebrada. Talvez psicologicamente o jogador ainda não estivesse 100%, em razão do trauma da fisgada no clássico, mas sua alma e seu coração estavam focados no jogo e seu comprometimento era satisfazer a torcida, carente de seu ídolo nos últimos 12 meses.

Dagoberto sofreu muito neste tempo parado, sendo cometidas diversas injustiças a seu respeito. Criaram factóides sobre uma suposta má vontade em retornar aos gramados, quando na verdade era o próprio jogador quem mais queria voltar a jogar, superando os difíceis dias de recuperação, especialmente nas prolongadas e cansativas sessões de fisioterapia. Mas tudo isso é normal, pois a expectativa de todos era ver Dago jogando, enlouquecendo os adversários com sua habilidade e categoria e emocionando a torcida atleticana com sua maestria.

Ele voltou e a Kyocera Arena, palco de memoráveis partidas do jovem ídolo atleticano, quase veio abaixo com sua entrada em campo. Muitos sonhavam com aquele momento, principalmente o próprio jogador que fez de tudo em seu retorno, exceto o gol. Logo nos primeiros passos em campo, tabelou com Denis Marques e recebeu dentro da área. Podia ter chutado, marcado o gol que enlouqueceria a torcida, mas preferiu passar, retribuindo a Denis Marques o bom passe. Infelizmente passou fraco e a bola não chegou ao companheiro, este sim precisando de um gol ou uma boa atuação para recuperar sua imagem com o torcedor.

Não sei dimensionar a admiração atleticana com Dagoberto. Tenho certeza que outros times também têm e tiveram sintonias parecidas com seus ídolos, como o Flamengo com Zico, o Santos com Pelé e Robinho, o Cruzeiro com Tostão, o Palmeiras com Edmundo, por exemplo. Mas isso a nós pouco importa, pois a nossa felicidade e satisfação em ver Dagoberto jogar é imensa. O espetáculo fica mais belo com um craque em campo. Da minha parte, confesso, a vitória de ontem teve um sabor especial pelo retorno daquele que sempre admirei e considerei como o maior jogador do Atlético que eu vi jogar. Disse isso meses atrás, na coluna “Dagoberto, o craque atleticano!” e repito sem medo de errar!

Dago, seja bem-vindo novamente ao Atlético e que por aqui permaneça por muito tempo, dando alegrias a todos aqueles que o reconhecem como um craque, um ídolo ou simplesmente uma grande pessoa que veste a camisa atleticana com amor!


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.