Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

Evaristo de Macedo, um mito!

27/09/2005


O Atlético anunciará, nesta tarde, o experiente Evaristo de Macedo como novo treinador da equipe. O anúncio de sua contratação surpreenderá a todos, pois seu nome não estava na lista de cogitações, apesar desta ser furada, como todas relativas ao Atlético são, já que a diretoria mantém a tradição de não revelar quem está em negociação. Assim, da fértil mente dos especuladores não constava o nome de Evaristo, transformando-o em surpresa.

A princípio vejo com bons olhos sua indicação para o cargo. Em 1996, Evaristo fez um excelente trabalho no clube, alçando o Atlético às quartas-de-final do Campeonato Brasileiro em seu ano de reestréia na primeira divisão. Jogava sempre ofensivamente e dificilmente inventava, mantendo sempre uma base com Ricardo Pinto, Alberto, Andrei (Reginaldo), Jorge Luiz e Branco; Alex, Nowak, Luiz Carlos e Piekarski (Jean Carlo); Oséas e Paulo Rink. Quando teve importantes desfalques no jogo de ida contra o Atlético de Minas, errou! O time vencia até o intervalo, quando o treinador tirou Andrei (que jogava de volante, numa espécie de 3-5-2 improvisado) e colocou um atacante em seu lugar, se não me engano Jorginho “Pé Murcho”. Muitos creditaram a eliminação a substituição equivocada, mas a maioria da torcida, entre eles eu, recorda-se mais dos bons momentos do time montado por Evaristo do que pelo fracasso contra o rival mineiro.

Durante sua carreira como jogador Evaristo de Macedo conquistou o importante feito de ser idolatrado tanto por Barcelona como pelo Real Madrid, os dois times mais tradicionais da Espanha. Dizem que jogava muito bem e sempre fez sucesso por onde passou. Como treinador chegou a seleção brasileira e dirigiu os principais clubes do país, com boas passagens pela maioria deles, sendo campeão brasileiro pelo Bahia em 1988. É um treinador exigente, que cobra de seus atletas, mas é muito respeitado por estes.

Prefiro apostar no sucesso de Evaristo neste seu novo trabalho frente ao Atlético, pelo seu conhecimento técnico e sua capacidade demonstrada anteriormente, ao longo de sua carreira. O único receio é de que o treinador possa estar ultrapassado ou sem condições de assumir uma empreitada como esta – salvar o Atlético do rebaixamento. Mas antes alguém renomado do que uma aposta como Casemiro Mior, Heriberto da Cunha e cia. Boa sorte Evaristo!


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