Sergio Surugi

Sergio Surugi de Siqueira, 66 anos, é Atleticano desde que nasceu. Neto de um dos fundadores, filho de um ex-presidente do Atlético, pai e avô de Atleticanos apaixonados, é doutor em Fisiologia e professor. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2009.

 

 

Notas

24/09/2005


2005

Tenho visto muita gente assustada com a turva e mal cheirosa água da Segundona que recentemente andou bem perto dos nossos traseiros, mas não podemos esquecer que ainda existe possibilidade matemática de brigar até por vaga na Libertadores 2006. O Atlético tem time para tal e a torcida, a diretoria, a comissão técnica e os jogadores devem se motivar nesta (ainda quase) reta final. Vamos olhar para frente e acreditar. O ano de 2005 não acabou no dia 14 de julho.

E o time?

O jogo contra o Botafogo não é parâmetro. Vencemos um time morto, que jamais desejou ganhar (eu diria até, que muito pelo contrário), porém, mesmo assim mostramos muitas qualidades que chegam a animar. Se for possível manter em 2006 jogadores como Jancarlos, Paulo André, Evandro, Ferreira e a excelente surpresa Cristian, com mais seis teremos time para disputar o bi. Acho que vale o sacrifício. A torcida agradece.

Sede administrativa

Tive a oportunidade de conhecer rapidamente as novas instalações da sede administrativa do CAP. Conceito moderno e inteligente de "work-stations", com os diversos setores em constante interação física e portanto também funcional. O Atlético está conseguindo fazer conviver a paixão com as boas práticas administrativas o que representa uma novidade no futebol brasileiro. Muito além da beleza que impressiona, a nova sede mostra como o Atlético é administrado. Petraglia tem razão e sabe muito bem o que está fazendo. Em breve seremos o maior clube de futebol da América. Do Brasil, já somos.

Enquanto isso, no lado de lá...

Se não fosse pelo abominável e constante (ALÔ, DIRETRAN!) engarrafamento matinal nas imediações da PUC-PR, eu não teria nem notado o outdoor de péssima qualidade que convida a visitar o "novo" Couto Pereira. É um estádio antigo que foi reformado, mas que não representa nada de novidade em termos de conceito e ao contrário da Kyocera Arena, não deverá despertar a curiosidade de ninguém, exceto dos próprios coxas, que ao forçar a barra para vender o Couto como ponto turístico de Curitiba, nada mais fazem do que tentar comprar a idéia de que não estão ficando para trás. Como toda ilusão, essa também será diluída com o tempo e nas águas escuras do Rio Belém, o qual, aliás e seguindo esta lógica, ao receber algumas mudinhas de amor-perfeito, plantadas nas suas margens, poderá também se candidatar a compor o roteiro turístico da Cidade Sorriso.


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