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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Uma infeliz opção
20/09/2005
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Primeiramente é bom lembrar que o ano de 2005 já foi proveitoso. No primeiro semestre reconquistamos o título estadual e fizemos uma campanha histórica na Libertadores. O final da competição sul americana não foi, nem de longe, o que esperávamos, mas chegamos onde poucos conseguiram e o retorno, tanto em campo, como no engrandecimento da Instituição, no número de adeptos, no marketing e em termos financeiros pode ser considerado satisfatório.
De um começo de ano vacilante, onde uma reformulação extrema foi feita, onde houve erro na análise do elenco e principalmente na contratação do comandante até os dias finais de julho, o Atlético mostrou superação, garra e um conjunto em que as peças podem não ser sensacionais, mas que faziam um belo conjunto.
Hoje, é triste ver que em meados de setembro, perdemos todo um semestre. A segunda metade de 2005 foi comprometida por um elenco que já acha que fez sua parte, uma comissão técnica pouco audaciosa e outros probleminhas. Um clube que peita os chamados grandes do eixo, uma imprensa bairrista e mesquinha, uma imprensa local que só busca os defeitos atleticanos e um time que se entrega aos adversários. Não desmereço o bom time do Internacional, que não é à toa o atual líder, mas em várias outras partidas poderíamos ter saído com a vitória se o time fosse mais aplicado e o treinador mais ousado.
Os atletas, ao que parece, se acomodaram. Não sei ao certo quem lhes falou que o objetivo no Brasileiro era permanecer na primeira divisão, nem tampouco quem disse que isso já ocorreu. A apatia apresentada em muitas das partidas traz como resultado direto uma estatística sinistra: de 26 partidas o time perdeu quase a metade, 12. É muito !
Já o comando técnico não ousa, não muda, não modifica a forma de jogar, tornando o Atlético presa fácil, sendo um time muito previsível. Há um vácuo no meio campo, jogadas aéreas continuam sendo um tormento e não conseguimos fazer um gol em jogadas ensaiadas de falta ou escanteio. Aliás, até quando teremos aquele escanteio curto que não dá em nada e o lateral do Marcão alçado na área, sempre sendo ganho pelo adversário? Parece que o discurso motivador de Lopes já não causa o mesmo efeito mas não vislumbro, hoje em dia e pelo que o Atlético gosta de pagar, alguém melhor que ele para comandar o time. Como no dito popular: ruim com ele, pior sem ele.
Outro enigma que me consome horas de reflexão é o departamento médico atleticano. Desde a saída do sabidamente competente Dr. Edílson Thiele, com uma folha de serviços prestados ao Atlético seu time de coração, o pessoal anda batendo cabeça. Não serei irresponsável em ficar dando pitaco em assuntos que sei não dominar, mas é incrível a demora que alguns jogadores têm em entrar em forma, de sair do DM, de deixar a “turma do chinelinho”. Pra resumir, do craque Dagoberto laguei mão. A série de histórias, estórias, boatos e desmentidos deu pra cabeça!
E as contratações? Há pouco, alguns deles lutavam para seus times não caírem para a terceira divisão. Darão certo na primeira? Só o tempo dirá! E espero que ainda haja tempo.
De concreto apenas a certeza que não cairemos. Mas seria importante, uma obrigação até, terminar na frente dos outros dois times da cidade e já sabermos com quem poderemos contar em 2006. E que seja o ano inteiro, não apenas a metade.
ARREMATE
O sorriso que me cativa, abre as portas do paraíso.
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