Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Seleção, por que não?

06/09/2005


Inegavelmente o Professor Antonio Lopes ajudou, e muito, na convocação para a Seleção Brasileira do meia Kleberson, que veio a disputar a Copa do Mundo de 2002. Lógico, o rapaz fez sua parte, apegou-se com unhas e dentes na oportunidade e montou com o regular e habilidoso Gilberto Silva, uma proteção de zaga eficiente e uniforme que dava estabilidade ao meio campo da seleção pentacampeã.

Outro que teve chances, num passado recente, foi o ala Alessandro. O “Praguinha” infelizmente não conseguiu repetir no escrete canarinho as mesmas atuações que fazia no Atlético. Pela sua timidez, pelo esquema, já que com Geninho os alas eram verdadeiros pontas e avançavam em diagonal, visto que o cruzamento nunca foi o ponto forte nem dele, nem do ala esquerda Fabiano.

Ano passado tínhamos um elenco tecnicamente muito forte. Jadson é um fora de série, mas com aquele preparo físico e sem combatividade no meio campo não teria chances. Washington ..... bem, Washington é o Washington, mas a concorrência no ataque da Seleção Brasileira chega a ser desleal. E hoje temos um goleiro de respeito.

Diego já foi destaque nacional quando ainda atuava pelo Juventude, sendo eleito o melhor goleiro do certame de 2002. em 2003, já no Atlético, ajudou aquele time fraco a se manter na 1ª divisão. Já em 2004 e principalmente neste ano, tem sido um dos responsáveis pelo crescimento do Atlético.

Ainda jovem, creio que Diego poderia estar entre os goleiros selecionáveis. A titularidade de Dida ainda é inconteste, mas quem serão seus reservas? Rogério Ceni passa por grande fase, na verdade nunca teve má fase, mas seu personalismo parece não agradar aos homens da CBF. Marcos, figura importante na conquista do penta anda com o fantasma das contusões e lhe atordoar.

Acho estranho um goleiro que sequer joga estar sempre sendo lembrado. Julio César, o queridinho da mídia carioca sempre foi um goleiro bom, normal, nada demais, mas é figura certa nas convocações. Há ainda o jovem Fábio do Cruzeiro, grande goleiro e tem justamente a vantagem de ser novo. Mas ainda sou mais Diego.

O gaúcho tem feito partidas memoráveis e aos poucos vai tendo humildade e reconhecendo erros e aperfeiçoando qualidades. Suas saídas do gol tem sido mais constantes e há tempos não sofre gol de falta. Continua com seu forte carisma e espírito de liderança, sendo motivador e mola propulsora de todo o elenco.

Ao menos uma chance de estar entre as feras da Seleção Diego já merecia, sem dúvida nenhuma. E seria, mais uma vez um prazer, sermos campeões do mundo com um atleticano no elenco.


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