Sergio Surugi

Sergio Surugi de Siqueira, 66 anos, é Atleticano desde que nasceu. Neto de um dos fundadores, filho de um ex-presidente do Atlético, pai e avô de Atleticanos apaixonados, é doutor em Fisiologia e professor. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2009.

 

 

Feliz ano velho

20/08/2005


De volta a Curitiba e ao meu trabalho na Universidade, mato as saudades das discussões sobre futebol com meus amigos e colegas atleticanos. Inevitavelmente, a conversa recentemente descambou para uma discussão um pouco mais quente sobre o que significará o ano de 2005 para nós rubro-negros.

Muita gente, preocupada com o que ainda poderá acontecer com o Atlético neste Brasileirão, acredita que o balanço será negativo. Eu ao contrário, acho que o ano será marcado como um dos melhores, senão o melhor da história do Atlético.

Classificados para e preocupados em jogar a Libertadores, começamos o ano conquistando o título em cima dos coxas. A seguir, tirando forças sabe Deus de onde, fizemos história, chegando à decisão do maior torneio de clubes da América, dando ao nosso país a honra de ter sido o primeiro e até agora o único a ter o campeão e o vice da Libertadores de América, para desespero dos "hermanitos" que mais uma vez tiveram que se curvar à maior potência futebolística do mundo, desta vez exatamente no torneio que eles tanto valorizam e se empenham em conquistar.

Nunca, nem no título de 2001, se falou tanto em Atlético Paranaense, Furacão, Rubro-negro, Arena, Kyocera e tudo o mais que se relacionasse conosco, incluindo os coxas, que acabaram pegando carona na nossa (boa) fama e pelo simples fato de se auto-qualificarem como nossos eternos rivais, foram mais citados na mídia internacional do que em toda a sua história.

Independente do que venha ou não venha a acontecer, 2005 ficará marcado como o ano no qual o Atlético consolidou sua posição entre os maiores e mais conhecidos times do mundo e com isso tornou inquestionável o seu posto de time que tem as maiores conquistas entre os seus rivais no Estado.

Caiu o muro, ressurgem as expectativas da conclusão da nossa casa e graças à administração do clube, os pesadelos que atormentam a maioria dos clubes brasileiros estão passando bem longe da Kyocera Arena.

Não espero muito do time neste Brasileirão. Pagaremos o preço de ainda estarmos obrigados a fazer do mercado de jogadores a nossa fonte de saúde financeira e teremos sim dificuldades na competição, porém não cairemos para a segunda divisão. Seguramente, como já aconteceu na Libertadores, no Campeonato Paranaense, no jogo contra o Cruzeiro e na goleada contra o Vasco, a camisa rubro-negra cobrará o respeito que conquistou com legitimidade e mais uma vez o time surpreenderá àqueles que estão, mais que preocupados, desanimados ou descrentes.

Feliz com o ano de 2005, já aposto no que 2006 vai trazer para o maior e mais glorioso time do Paraná.

Em tempo

Aproveito a coluna para felicitar os meus colegas colaboradores do site pela iniciativa belíssima da campanha "LIBERTADORES DE UM SORRISO". Atleticano é assim mesmo, bom de cuca e de coração. Parabéns Rogério, Júlia, Marcel e todos os outros líderes da iniciativa. Infelizmente os afazeres naturais relacionados com o meu regresso ao Brasil após quatro anos ausente me impediram de colaborar como gostaria e deveria, mas mesmo sem uma participação mais direta, quero demonstrar o meu apoio e pedir a todos que contribuam como puderem para colocar no rosto da criançada um pouco da alegria que os adultos deste país tão injusto já não conseguem mais ter.


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