Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Vem pra Arena, vem!

17/08/2005


Não adianta negar. O jogo de sábado, não só para o torcedor, mas para todos os que direta ou indiretamente contribuem para o bem do Atlético, terá um gostinho especial, um sabor de vingança.

O técnico do tricolor paulista não está equivocado, ao meu ver, em entender que o jogo de sábado será uma verdadeira guerra. Não, não está errado. Será uma guerra sim. Guerra de ânimos, guerra de saúde, valendo a máxima vontade de vencer. Espero que este jogo seja realmente encarado da mesma forma como foram encarados os jogos da Libertadores, pois ainda há um gosto amargo na garganta diante da fraqueza assumida pelo time paulista e do medo que tomou conta da equipe tricolor.

Todos sabiam que a história seria diferente, e diferente também seriam os rumos do último jogo. Todos sabiam que a diferença estava aqui, centralizada na maior força do clube, a sua torcida. Todos sabiam que aqui faríamos um grande resultado e dificilmente perderíamos o jogo, tamanha era a vontade de vencer. Foi assim contra o Cerro, Santos e Guadalajara. Seria, certamente, contra o São Paulo.

Porém o destino e a injustiça facilitaram as coisas para o tricolor do Morumbi, e as combinações que levaram o jogo para Porto Alegre serviram como primeiro passo para o nosso vice-campeonato. Se tudo fosse como manda a normalidade, o Atlético seria campeão da Libertadores, sem dúvida. A normalidade a que me refiro é o direito que tínhamos de jogar a primeira partida em casa.

Espírito

Por essas e outras é que o Atlético precisa entrar em campo, sábado, com um espírito guerreiro. Precisa olhar para o São Paulo e lembrar do passado recente, sim! Sem essa de colocar panos quentes, pois o jogo deste final de semana desde já está pegando fogo e o caldeirão vai ferver, como ferveria no dia 6 de julho.

Precisamos avançar os limites mais uma vez e dentro de campo mostrarmos quem é realmente o superior. Mostrar que a nossa torcida canta o tempo todo, embala o time com canções diversificadas, e não a mesma canção o tempo todo. Precisamos mostrar a eles, dentro da nossa casa, a querida Baixada, quem é mais forte.

Para isso o Atlético precisa mais uma vez da maciça presença do seu torcedor. Não importa se o momento está difícil, o que importa é que a partir de amanhã todos os caminhos levam à bilheteria do estádio, e sábado a torcida precisa incendiar o time e fazer com que o Atlético resgate a força e a vontade de vencer. Não existe melhor momento que este, no último jogo do turno, contra o medroso São Paulo.


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