Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Soluções

02/08/2005


Realmente torcer para o Atlético é um privilégio. O time é único, sua torcida ímpar, as emoções que nos transmite inigualáveis. E muito do que é o Atlético surgiu realmente em momentos de agruras, de dificuldades e que ajudaram a formar a identidade deste time.

Na década de 30, houve o famoso Atletiba da gripe. Até aquele momento o Atlético era o time da classe média alta da cidade, tendo inclusive por mascote um charmoso cartola. Depois daquela demonstração de raça, quando o time venceu o rival com jogadores ardendo em febre, com ex-atletas voltando à ativa para honrar as cores rubro-negras e vencer o rival, o Atlético passou a ser identificado como o time da raça, da superação, aproximando o povo de suas cores.

Já no final dos anos 60, Jofre Cabral e Silva ressuscitou o Furacão após o mesmo ter caído dentro de campo. Seu idealismo profissionalizou o futebol, trazendo craques do quilate técnico de Nilson Borges, Sicupira, Bellini e Djalma Santos para a terra das Araucárias. O título não veio, mas ficaram lembranças inesquecíveis até hoje marcadas na memória dos atleticanos.

E como não lembrar de outra derrota que nos trouxe como conseqüência talvez a maior de todas as vitórias? Naquele 16 de abril de 1995, o time levando uma lavada do rival e a torcida cantando como nunca, ensandecida. Como bem frisado pelo notório coxa “Nego Pessoa” em sua coluna no jornal Gazeta do Povo do dia seguinte: quem entrasse no Couto naquele momento, pensaria que o Atlético vencia. Mas estava 3 a 0 para o coxa!

A partir dali, o então conselheiro Mário Celso Petraglia revolucionou o futebol atleticano, paranaense e porque não afirmar que o próprio futebol brasileiro, obrigado a se modernizar, investir na base e propiciar maior conforto e segurança a seus seguidores.

E agora, em 2005, outro revés que se transformou em vitória. O medo são-paulino em nos enfrentar na Baixada comoveu a todos. Sem bravatas, sem falsidade, por ideologia, por amor ao Atlético vários segmentos da nação rubro-negra se uniram e o muro caiu. A esperada “festa da marreta” não aconteceu, mas foi comovente ver pessoas vibrando no estádio para ver pedaços de tijolos ao ar, comemorando como se fossem gols.

Um processo que ainda poderia se arrastar por muito tempo acabou tendo solução rápida. Em breve, teremos o melhor e também o maior estádio de Curitiba, definitivamente calando aqueles que ainda querem usar de subterfúgios para diminuir as conquistas do Atlético. O sonho não acabou, como teimam em falar nossos adversários: ele está apenas começando!

PONTO ESQUECIDO

Sabedores que o desastre não se repetirá, comemoram duas décadas de atraso. É a vida. Uns planejam o futuro, outros remoem o passado.

ARREMATE

Pequena como uma flor, forte como seu caule, não seja abrupta com seus espinhos.


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