Sérgio Tavares Filho

Sérgio Juarez Tavares Filho, 45 anos, é jornalista e morou até os 12 anos em Matinhos, litoral do Paraná. Acompanha o Atlético desde que nasceu e vive numa família 100% rubro-negra. Até os cachorros se chamam Furacão e Furacão Júnior. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2009.

 

 

Doutor Baixada

20/07/2005


Pelo malote recebo um presente do Fernando Rodrigues, chefe do jornalismo da TV Cultura-RPC, afiliada da Globo, em Maringá. Um exemplar antigo do Doutor Baixada, tiras desenhadas por Luscar. Apesar do nome, não há qualquer semelhança entre o personagem e o Atlético Paranaense. A não ser por um fator, grifado no editorial da revista: “Ser amado e odiado, para ele tanto faz. Faz o que lhe dá na veneta em função do que considera certo e ponto”.

Hoje não há clube de futebol mais invejado no Brasil do que o Atlético. O que era comum apenas para os coxas, passou para os nossos xarás mineiros, santistas, são-paulinos, cariocas vascaínos e tricolores. Todos, com exceção do rival local, pregam que o Furacão precisa comer muita farinha para chegar onde eles chegaram. Não há como concordar em muitos fatores. Todos são grandes times, possuem torcidas apaixonadas e ganham bem mais que o Atlético nas cotas da televisão.

O projeto estabelecido por Mario Celso Petraglia em 1995 já previa grandes dificuldades. Por isso houve a meta de valorizar a estrutura física do clube. Enquanto o eixo RJ-SP preocupou-se em contratar o ataque dos sonhos, ou firmar parcerias milionárias que só faliram os times, o Atlético construiu a Baixada e o CT do Caju. O resultado, que seria a médio prazo, foi quase imediato. Sem os medalhões, o time conquistou a hegemonia no Estado, foi três vezes para a Libertadores e conquistou um Brasileiro.

Queiram ou não, o Atlético já é um clube de primeira linha do nosso país. A resistência de alguns, que insistem em desvalorizar o produto Rubro-negro, também é explicada na revista do amigo Fernando. “Ele (Doutor Baixada) não só fuzila o caixa como obriga a todos os demais a trabalharem direito.”

A regra é essa. Daqui pra frente, meu amigo, quem não trabalhar direito vai para o espaço. E seguindo essa regra, o Atlético está na frente.

Rapidinha: hoje tem jogo na Baixada. Não importa o adversário. A vitória é obrigação.


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.