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Eduardo Aguiar
Eduardo Aguiar, 51 anos, é jornalista e filho de um coxa-branca (ainda bem que existe a Teoria de Darwin, sobre a Evolução das Espécies!). Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2006.
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Assim como todos os rubro-negros, acordei hoje com uma tristeza que doía na alma. Sim, foi uma das derrotas mais sentidas, pois o que estava em jogo era a maior conquista da história do Atlético.
Mas, rumo ao trabalho, eis que pego a Silva Jardim e me deparo com bandeiras rubro-negras estendidas nas janelas dos prédios. Acho que só então acordei de verdade: ser o segundo melhor time das Américas é motivo de orgulho, e não de tristeza.
É bom lembrar que essa final de Libertadores não foi obra do acaso. O Atlético vem subindo degrau por degrau, incessantemente, nos últimos 10 anos. Saiu do inferno da segunda divisão, ergueu uma estrutura de primeiro mundo, voltou a vencer campeonatos estaduais, passou a disputar com freqüência títulos nacionais e participou de três Libertadores em cinco anos.
Quem diria… aquele Atlético que há pouco mais de dez anos disputava o torneio da morte no Pinheirão, trocava passe de atletas por toalhas, dependia dos jogadores contratados junto ao Matsubara para tentar não dar vexame nas competições e viajava na “Jabiraca” é hoje o segundo melhor time da América e é considerado um dos principais clubes do Continente!
Sim, a derrota foi doída, mas esse vice-campeonato foi só uma semente. Se antes eu achava que o ciclo de Mário Celso Petraglia no Atlético se encerrava quando ele terminasse de construir a Baixada, mudei de opinião. Só se encerrará quando o Furacão conquistar uma Libertadores. E conquistará.
Parabéns ao São Paulo
Quanto ao jogo, analisando de cabeça fria, só resta reconhecer a superioridade do São Paulo e parabenizá-los pelo tricampeonato. O time deles mostrou ser muito superior, e as evidências tornam-se ainda mais claras quando analisamos por setores: o goleiro deles é melhor, os laterais, os zagueiros e o meio-campo idem. Talvez o ataque se iguale, mas ontem a bola nem chegou em nossos atacantes.
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