Jones Rossi

Jones Rossi, 46 anos, é repórter do Jornal da Tarde, em São Paulo, e um dos fundadores do blog De Primeira. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

Esqueçam o Atletiba

08/07/2005


É no Joaquim Américo e é contra o Coxa. Há uns dez anos seria um evento de parar a cidade. Felizmente o Atlético de 2005 está envolvido em disputas de maior importância, seja com o Santos no Brasileiro e Libertadores, ou com o São Paulo, na final inédita da mesma Libertadores. Mas eis que, de repente, o falastrão GG (não dá para falar ou escrever GG sem esboçar um sorriso diante do ridículo apelido) resolve surgir das trevas da brilhante sétima colocação no Brasileiro para atrair um pouco dos holofotes para si. Déficit de atenção a psicologia explica. Como eu disse num artigo anterior, esta rivalidade é algo que interessa única e exclusivamente aos coxas. Ora, quem tem a manha de soltar fogos de artifício com o empate (veja bem, um mísero empate) do São Paulo só pode ser ruim da cabeça ou doente do pé. Imagine se um atleticano perdeu tempo torcendo pro Bangu em 85.

Sei que para os atleticanos da velha guarda ainda há um resquício de rivalidade com o Coritiba, talvez reflexo condicionado de tantos estaduais disputados com eles, que nas finais sempre perderam pra gente. Ok, para não ser injusto vou lembrar das épicas jornadas do Coritiba como a de 1931, contra o Guarani de Ponta Grossa, vinte anos depois, contra o lendário Jacarezinho, ou em 1960, quando ganharam com o esquadrão do Mandaguari como vice.

Mas há que se esquecer o Atletiba deste domingo. Vamos colocar o time reserva (com Dagoberto) e provavelmente vamos ganhar assim mesmo. Lotaremos o estádio porque é um jogo do Atlético, não porque é um Atletiba. O que importa é a Libertadores.


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