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Sérgio Tavares Filho
Sérgio Juarez Tavares Filho, 45 anos, é jornalista e morou até os 12 anos em Matinhos, litoral do Paraná. Acompanha o Atlético desde que nasceu e vive numa famÃlia 100% rubro-negra. Até os cachorros se chamam Furacão e Furacão Júnior. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2009.
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O povo mais apaixonado pela sua cultura é o gaúcho. Os CTGs espalhados no Brasil e no mundo nos dão idéia da proximidade com o Rio Grande. A minissérie global, A Casa das Sete Mulheres, retratou com perfeição o modo de se viver e as lutas daquele povo no século XIX. Para os nossos colegas de região, a inspiração e a coragem de Bento Gonçalves é válida até hoje. Alguns apaixonados deixaram a terra natal e se aventuraram pelo oeste do Paraná. Encontraram o espaço para plantar, criar gado e tomar chimarrão. Coloriram Cascavel e suas cidades vizinhas com as camisas do Grêmio e do Internacional.
Os paranaenses seriam mais felizes se também começassem a cultuar as nossas tradições e costumes. O barreado de Morretes, as Cataratas do Iguaçu, as belas paisagens de Prudentópolis, o fandango parnaguara, e a alegria do norte e noroeste do Estado não podem mais ser deixados de lado. Apesar das várias colonizações que o nosso Estado passou, chegou a hora de o nosso povo trabalhar em causa própria.
E uma boa causa vai estar em campo hoje à noite. No Estádio Beira Rio, em Porto Alegre, o Atlético vai se mirar nos costumes locais para tentar surpreender o São Paulo. Por diversas vezes a mÃdia de Rio e São Paulo colocou o rótulo de "gaúcho" no Rubro-negro. Tudo por ter uma dura marcação e explorar com inteligência o contra-ataque. As jogadas mais firmes também não são esquecidas. Até hoje algumas pessoas relembram o jogo decisivo contra o mesmo São Paulo, em 2001. A entrada de Cocito em Kaká foi duramente criticada. Pouco tempo depois ele seria exaltado por estar jogando no Corinthians. Lá sim, ele poderia fazer o que quisesse que seria o "raçudo da fiel".
É contra todo esse jogo de armações que devemos nos unir. Abraçados pela causa do Atlético é que o nosso povo do oeste, leste, norte e sul do Estado deve ficar. A resposta por todos os males praticados contra uma instituição de 81 anos deve ser dada com inteligência. E isso o nosso povo tem.
Que os vento mais conhecido do Brasil, o Minuano, misture as suas forças com o Furacão. Boa sorte, Atlético.
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