Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

As pedras no caminho

05/07/2005


O Atlético perdeu a batalha travada contra a Conmebol e o São Paulo nos bastidores e, infelizmente, o jogo será realizado no Gigante do Beira Rio, a longínquos 700km da capital paranaense. O tricolor paulista fez valer seu direito, abraçou o regulamento e não aceitou jogar na Kyocera Arena, ciente das dificuldades de enfrentar um empolgado Atlético em seu caldeirão, onde historicamente o time paulista tem um retrospecto ruim. A decisão final da Conmebol em marcar o jogo em Porto Alegre desagradou a todos atleticanos e aos mais conscientes paranaenses, que gostariam de ver uma final de Libertadores em nossa terra. Até mesmo a diretoria paranista agiu com imparcialidade e declarou apoio oficial ao rubro-negro.

Agora, vamos deixar isso de lado. O torcedor atleticano se desdobrará para chegar ao Beira Rio de qualquer forma possível, enquanto a diretoria atleticana, mais especificamente o departamento de marketing, tentará despertar um sentimento regionalista nos gaúchos, conclamando-os a torcer pelo Atlético, legítimo representante da Região Sul, contra os paulistas. Esta derrota nos bastidores serve de estímulo para o time, que poderá entrar ainda com mais gana e vontade de vencer. Chegamos até aqui, vários obstáculos foram superados e esta é apenas mais uma pedra no caminho do Atlético rumo ao sonhado topo das Américas.

O adversário é forte, considerado favorito por todos, com excepcionais jogadores como Rogério Ceni, Cicinho, Lugano e Amoroso, mas pode ser batido. Basta acreditarmos em nosso potencial e respeitarmos o adversário. O jogo deverá ser decidido nos detalhes e nada melhor do que conseguir uma vantagem, por menor que seja esta, no jogo de ida. Agora, o Beira Rio será a nossa casa e com o estádio lotado ou não, temos que encarar os favoritos para continuarmos fazendo história na competição. Nunca estivemos tão perto desta conquista e este não é o momento de perdermos força ou ambição por causa de uma decisão injusta da Conmebol. Vamos à luta Atlético, seguindo o velho ditado gaúcho, agora oportuno, de “não estar morto quem peleia!”.


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