Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Maturidade

03/07/2005


O atleticano vive talvez o auge de sua fama. Aplaudido, temido e comentado em todos os cantos do Paraná, do Brasil e do mundo, o Atlético novamente atingiu todos os meios de comunicação e, mais uma vez, mostra que precisa e deve ser respeitado.

O torcedor atleticano não consegue e nem tem motivos para esconder sua alegria. A cidade de Curitiba já está, desde a noite de quinta-feira, em festa, muita festa! Bandeiras atleticanas por todos os cantos da cidade e milhares de pessoas desfilando com o manto rubro-negro. Explode coração, na maior felicidade, é lindo o rubro-negro, contagiando e sacudindo essa cidade!

Tudo, ou quase tudo, está em alta neste momento. O Atlético representa com extrema beleza o futebol do estado do Paraná, local que pelo visto está ficando pequeno para o rubro-negro jogar. Talvez o grande impulso e a grande disparada do Atlético, especialmente nestes dez anos de história, tenha produzido um grande efeito de frustração e decepção, não somente em nosso rival, que ficou insignificante diante do nosso tamanho, mas em várias outras praças de futebol.

Mesmo antes das especulações em torno do primeiro jogo da decisão, negou-se a utilização do estádio do nosso rival pelo seu presidente, mesmo sem nenhuma solicitação. Eu ainda tenho minhas dúvidas se a conduta dos seguidores deste homem pode ser chamada de imaturidade. Talvez a conduta precise ser denominada ignorância, mas utilizemos este título mesmo em nosso texto: “maturidade”.

É o que sobra ao Clube Atlético Paranaense e o que falta, não somente ao pobre e pequeno clube verde, mas a muitos clubes do país que ainda pensam que são grandes. Pois bem, com a força, a ousadia, a coragem e a demonstração de amor de todos os atleticanos, com a vontade dos homens que comandam o Atlético, todos perceberam que a hora é de união, e custe o que custar, faremos de tudo para jogar o primeiro jogo da decisão, contra o São Paulo, na querida e linda Baixada.

Nós somos grandes e pensamos de forma grande, essa é a grande diferença. De nada adianta criticar a imprensa dos outros estados, falar em protecionismo aos times paulistas ou cariocas, se o que assistimos por aqui, bem abaixo do nosso nariz, é uma tremenda falta de esportividade, mesquinharia e, principalmente, maturidade. Talvez isto tenha tornado os nossos rivais paranaenses tão pequenos para nós, quase que insignificantes.

Deixo aqui registrada a minha grata satisfação em poder atender ao pedido do atleticano Paulo Francisco Veiga de Freitas, de Santo Antônio da Platina, que me incentivou a escrever sobre este tema e me presenteou com algumas idéias para a coluna.

Atlético, seja onde for, torcemos para que apenas os pensamentos positivos nos acompanhem. E que o título da América esteja a caminho da Baixada.


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