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Ricardo Campelo
Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.
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Uma vez no México
30/06/2005
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Pela sexta vez na temporada, o Atlético entra em campo hoje para disputar a partida mais importante de sua história. Foi assim nas oitavas-de-final, nas quartas, na partida de ida da semi e agora na partida de volta, que pode nos colocar na final da Copa Libertadores diante do São Paulo.
Oitenta e um anos de história entrarão em campo hoje em Guadalajara. Assim como o São Paulo teve camisa para segurar o River Plate no lotado Monumental de Nuñez, o Atlético hoje coloca sua história diante do centenário Chivas, defendendo o resultado construído na Arena da Baixada. O atual placar favorece o Atlético, e é preciso manter a energia para dar mais um passo dentro do crescimento deste que já é a maior força do futebol do Sul do Brasil na atualidade.
O que nós, torcedores, esperamos, é que o Atlético, sem se abalar com os milhares de “aficcionados” mexicanos, respeite o adversário jogando com a mesma raça que o conduziu até aqui. Após a vitória por 3 a 2 sobre o Santos, comparei a raça atleticana à da Argentina, que acabara de bater o Brasil por 3 a 1. Ontem, os argentinos chegaram ao Waldstadium batucando no ônibus, esbanjando confiança e felicidade. Acabaram saindo de quatro, com um chocolate na bagagem, depois de verem os brasileiros com pandeiro, tan-tan e repique fazendo a festa definitiva no gramado.
Pela primeira vez nesta fase final da Libertadores, o Atlético deixa o Brasil como favorito para a classificação, em razão da boa vantagem conseguida no primeiro jogo. Mas essa confiança, ao invés da soberba Argentina, deve ser decomposta em calma e raça. Assim, o Atlético evitará que aconteça uma desgraça semelhante à vivida pelos argentinos na Alemanha, e chegará à final do mais importante torneio da América.
Permitam-me o clichê de citar trechos do nosso hino. Hoje, “rubro-negro é quem tem raça e não teme a própria morte” é como muito mais do que uma estrofe. É um lema a ser incorporado por cada um dos bravos guerreiros que defenderão o vermelho e o preto no estádio Guadalajara.
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