Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

No norte para conquistar o sul

29/06/2005


O Atlético subiu à América do Norte para continuar sonhando com a América, mais precisamente a América do Sul. A Copa Libertadores ampliou suas fronteiras para o emergente futebol e mercado mexicano há alguns anos, visando uma melhoria técnica e financeira à tradicional competição interclubes. Desde então, os clubes mexicanos fazem boas campanhas e ameaçam a hegemonia sul-americana em seu próprio torneio. No entanto, por razões óbvias (a Concacaf tem sua própria competição de clubes), um eventual campeão mexicano da Libertadores não poderia representar a Conmebol – Confederação Sul-Americana de Futebol, no Mundial Interclubes. Assim sendo, os fortes times mexicanos jogam a competição apenas pelo nível técnico, status e dinheiro, sem visar a conquista do mundial.

Nesta quinta-feira, no agora mais importante jogo da história do Atlético (quantos já não foram nesta Libertadores?), o rubro-negro fará sua mais longa viagem dentro da América para enfrentar o forte time do Chivas Guadalajara. Viajou à América do Norte, para buscar uma histórica e heróica classificação para a final do torneio sul-americano. Uma final que, se alcançada, colocará o Furacão frente a frente com River Plate ou São Paulo, bicampeões, quatro vezes finalistas da Libertadores e com muita tradição no torneio. O Atlético será tratado, seja na Argentina ou em seu próprio país, como azarão, o franco atirador! Mas antes de receber tal tratamento precisa acabar com o Chivas que, reforçado e apoiado por 65 mil torcedores, ainda está muito vivo. Portanto, antes de virar franco atirador, que seja pistoleiro no México!

Cobrar postura, seriedade, vontade e dedicação deste time é hipocrisia. O Atlético da Libertadores 2005 é um time copeiro, responsável, competente, esforçado, lutador e que não se entrega facilmente. Um Atlético que sempre sonhamos em ver em campo, honrando as tradições do clube e personificando em campo o próprio hino atleticano que diz: Atleticano é quem tem raça e não teme a própria morte! Lutar pela classificação este time irá, com certeza absoluta. Quem luta e não se entrega ao inimigo sempre é mais forte e difícil de ser batido, assim o Atlético subiu à Guadalajara, com o espírito de um verdadeiro lutador. Conquistador da América ainda não é, mas pode sair do México a um passo deste objetivo. Enquanto os guerreiros atleticanos duelam na mais distante das batalhas, estaremos aqui, na América do Sul, torcendo para que o continente possa, em alguns dias, ser rubro-negro, apenas vermelho e preto, sem uma terceira cor, o branco da paz, que desta feita terá que ficar de lado*! Vamos à luta Atlético, seu povo confia em sua força!

* lembrando que as cores do River e do São Paulo são vermelha, preta e branca.


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