Bruno Rolim

Bruno Rolim, 42 anos, é bacharel de Turismo e jornalista. Filho de coxas, é a ovelha rubro-negra da família. Descobriu-se atleticano na final do Paranaense 90, com o gol do Berg. Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2007.

 

 

¡Arriba!

24/06/2005


Chego em casa, não sei o que escrever. Sabe aqueles momentos em que você está feliz, mas tão feliz, que nenhuma idéia vem à sua cabeça? Só consigo pensar agora no esforço e na raça destes guerreiros que vestem o manto rubro-negro, que honram as cores e as tradições do nosso Atlético... Quer saber? Acho que nada que eu escrever aqui vai ser muito diferente do que todos nós atleticanos estamos pensando! Só sei que estou muito feliz e orgulhoso, e cada vez mais orgulhoso, de poder torcer para o Atlético. O Atlético do Brasil.

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Acordo hoje, e me dou conta de que meu time deu um grande passo rumo à decisão da Copa Libertadores da América. Ainda não estou conseguindo entender a situação - para os torcedores que viram o time vencer o Paranaense e com uma campanha extremamente irregular no início da Libertadores, parecia um sonho chegar nas oitavas. Assim como parecia um sonho chegar nas quartas. Assim como parecia um sonho chegar nas semifinais. E ainda é um sonho chegar na final. Um sonho com boas possibilidades de se realizar.

Por ora, parabenizo a todos os jogadores pela brilhante atuação de ontem: o goleiro Diego, em fase iluminada; os laterais Jancarlos e Marcão, apoiando e marcando; os zagueiros Danilo e Durval, de reservas no início a titulares absolutos; os volantes Cocito e André Rocha, que discutiram por não aceitarem a derrota, mostrando uma raça comovente; os meias Fabrício e Fernandinho que nos brindaram com um gol cada um; e nossos atacantes Lima e Aloísio, responsáveis pelos gols que nos colocaram nas semifinais. Ainda temos Alan Bahia, que não pôde jogar a partida de ontem, suspenso; o jovem Ticão, jogador promissor; mesmo o questionado Jorge Henrique deu sua parcela, contribuindo para a união de um grupo que, se não tem as estrelas de River Plate, São Paulo e Santos, possui algo que poucas equipes mostraram: espírito de Libertadores.

Que este espírito nos leve longe. Agora que chegamos tão perto, podemos nos reservar o direito de ao menos sonhar com a taça... Clube Atlético Paranaense, carregando o futebol paranaense a mares nunca antes navegados...

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Paulistas, ainda não acreditam em nós? Rivais da cidade, ainda nos secando?

Ótimo. Desdenhem mesmo. Está dando sorte.


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