Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

O coração atleticano vai bater mais forte

22/06/2005


Quinta-feira, 23 de junho de 2005, exatamente um dia antes do sexto aniversário do mais moderno estádio brasileiro. A Kyocera Arena sediará neste dia o jogo mais importante de seus primeiros seis anos de vida. A arena atleticana idealizada e construída pela competente administração do clube estará em festa. Véspera de aniversário, semifinal de Libertadores da América, lotação completa e imagens para todo o planeta Terra. Certamente o aniversariante da semana não poderia receber presente melhor. A expectativa e ansiedade para este jogo lembram o clima pré-inauguração, na mesma época do ano, no saudoso 1999.

O coração atleticano está palpitando mais forte desde o final da noite de quarta-feira, 15 de junho de 2005, quando o Furacão eliminou o forte Santos, queridinho nacional, em plena Vila Belmiro, sem deixar dúvidas de que mereceu a classificação. O adversário é o perigoso Chivas, tradicional clube mexicano, dono de uma das maiores torcidas de seu país e extremamente patriota (o clube não aceita em seu elenco jogadores de outras nacionalidades). A partida de despedida da Kyocera Arena nesta edição da Libertadores (a final, caso o Atlético chegue, não poderá ser disputada em seu estádio) tem tudo para ser memorável, uma verdadeira batalha dentro de campo, com ambos os times buscando a inédita vaga na decisão do torneio intercontinental.

A torcida certamente fará sua parte, proporcionando aquele espetáculo que lhe é costumeiro. A diretoria está apoiando como nunca, liberando bateria, faixas verticais e prometendo um show pirotécnico à entrada dos jogadores em campo. Se lá no México a pressão é enorme, aqui não será diferente e os hermanos sentirão a força do Caldeirão rubro-negro. Os jogadores terão que se preocupar apenas em jogar, entrando em campo com vontade, raça, determinação e acima de tudo ambição (qualidades que nunca faltaram nesta campanha).

O sonho nunca esteve tão próximo e agora é o momento de nos superarmos, darmos aquele algo a mais. A torcida apoiando e pressionando o rival (de forma inteligente, claro!), a diretoria fazendo sua parte, a comissão técnica ciente da responsabilidade deste confronto e os jogadores vestindo a camisa farão do Atlético um adversário muito difícil de ser batido e mais um degrau poderá ser alcançado, sempre com muita humildade e respeito. O coração atleticano baterá mais forte nesta quinta-feira, seja dentro ou fora de campo, podendo ser confundido com o barulho dos bumbos e dos foguetes. Usando as palavras de Galvão Bueno: “haja coração! Vai que é sua Atlético!”.


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