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Marcel Costa
Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.
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Fomos, vimos, vencemos e demos um show!
16/06/2005
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Adaptando a célebre frase de Cesar: Veni vidi vici (em português: Vim, vi e venci), fomos a Santos, torcemos como nunca e resumindo: fomos, vimos, vencemos e demos um show! A viagem para Santos foi comparável àquela para São Caetano. A torcida não parou de cantar do primeiro minuto de jogo às 2h da manhã, quando finalmente deixamos a Vila Belmiro.
O estádio estava lotado, a torcida santista fez uma enorme festa pré-jogo, contando com uma bela percussão da bateria da Torcida Jovem. Enquanto isso, o telão/placar eletrônico exibia mensagens de Léo e Robinho conclamando os santistas a empurrar o time, além de um vídeo clipe enaltecendo o título brasileiro e claramente provocando o Atlético, com imagens de Washington e a seguinte frase: não temos medo de cara feia! O telão exibia ainda um filme chamado “Star Soccer”, com referências à série Star Wars, dizendo que o primeiro episódio foi “A ameaça fantasma” – a conquista da Libertadores em 62 e 63 e agora estava sendo rodado o segundo episódio. Infelizmente, para o brilhante criador desta saga santista, o filme acabou ontem, na “Vingança dos Sith”, ou melhor, “Vingança do Cocito”, que calou mais uma vez os críticos paulistas de seu futebol.
A torcida do Atlético apertava-se no acanhado espaço reservado à torcida adversária, que agora ao menos tem banheiros decentes. Com poucas manifestações apenas assistíamos ao embalo dos santistas (e do estádio que tremia como aquele outro de Curitiba) e esperávamos a hora de mostrar a força da torcida atleticana. Começou o jogo e os atleticanos não pararam mais, sendo raros os gritos santistas. O time em campo estava em sintonia com a torcida e jogando com inteligência partia no contra-ataque, explorando a frágil defesa santista. Em um lance individual, Aloísio ganhou uma dividida e arrematou de fora da área. A festa aumentou, assim como a esperança de todos os atleticanos no mundo.
Nem mesmo o pacto santista antes do início da segunda etapa foi suficiente para segurar o Furacão na Baixada Santista. O Delegado Lopes segurou o time no intervalo e o Atlético só voltou quando o ânimo dos anfitriões, dentro e fora de campo, era bem menor. Logo no início, o golpe fatal no Santos, de cabeça, Aloísio marcou o segundo, após linda jogada de Lima que originou o escanteio. Os santistas se perderam em campo e não sabiam mais como neutralizar o Atlético, que começou a desperdiçar várias chances de ampliar no contra-ataque. Na mais bela delas, Fabrício foi ousado e tentou fazer um gol de placa no estádio onde desfilaram Pelé e Robinho, dois antigos jogadores santistas e ídolos locais.
O jogo acabou e a festa parecia que não terminaria nunca na Vila Belmiro (soube que em Curitiba a festa também foi grande). Enquanto a competente polícia militar local (fez uma excelente escolta para os 12 ônibus atleticanos) evacuava os torcedores santistas, a alegria rubro-negra era cada vez maior, como se todos estivessem vivendo um sonho... e realmente estávamos. O mais belo sonho da história atleticana está se concretizando, o Furacão, humildemente, sobe passo a passo rumo ao topo do continente. E o próximo passo é outra difícil missão. O Atlético sobe ao México para enfrentar o Chivas Guadalajara, base da seleção mexicana, por uma vaga na final da Copa Libertadores da América 2005. Acreditar sempre é possível e com um time de guerreiros como este, fica mais fácil torcer! Mais uma vez parabéns Atlético, a seus jogadores, aos seus torcedores e diretoria que novamente em sintonia, vivem momentos de euforia. Afinal, todo atleticano pode comemorar e se orgulhar de seu clube, um dos quatro finalistas da América Latina.
Concluindo, afirmo o seguinte: semifinal da Libertadores!!!!!!! Alonso não, Aloííííííísio!!!!!!! Muita gente vai entender! Quarta-feira tem mais, preparemos nossos corações!
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