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Sérgio Tavares Filho
Sérgio Juarez Tavares Filho, 45 anos, é jornalista e morou até os 12 anos em Matinhos, litoral do Paraná. Acompanha o Atlético desde que nasceu e vive numa famÃlia 100% rubro-negra. Até os cachorros se chamam Furacão e Furacão Júnior. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2009.
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Gramado e traves não são mais os mesmos. O terreno e a magia sim. Quis o destino que o Atlético decidisse o futuro na Copa Libertadores na Vila Belmiro, imortalizada pelo genial Pelé e herdada ao menino Robinho. Mais do que a ascensão para as semifinais do principal campeonato do continente, o time de Antonio Lopes joga pela honra da torcida neste ano de 2005. Maltratada pelos resultados no Brasileiro, ninguém sabe qual é a escalação para a próxima partida. Se vai ser necessário torcer para Jancarlos acertar um cruzamento, ou para AloÃsio não tropeçar nas próprias pernas.
Hoje os dois jogadores, mais Durval, Cocito e FabrÃcio vão estar em campo. Ao pisar no Estádio Urbano Caldeira, lotado, vão tentar colocar o Atlético onde Cireno, Jackson, Sicupira, Assis e Washington, não conseguiram: entre os quatro melhores times da América Latina. Todos os últimos não chegaram nem perto do troféu da Libertadores. Cireno e Jackson porque o tempo não permitiu, e Sicupira, Assis e Washington porque o Atlético das décadas de 70 e de 80, satisfazia-se com uma vitória contra os coxas.
Só que apesar do resultado positivo na primeira partida entre os times, o favoritismo desta noite é todo do Santos. Mesmo sem a estrela principal, Robinho, na Copa das Confederações, qualquer casa de aposta pagaria cinco vezes mais pela vitória do Atlético. Fato incontestável. O outro fato é que o clima criado para o segundo jogo esfriou bastante depois do envolvimento de Edinho, filho de Pelé, com o tráfico de drogas.
Qual exemplo seguir?
O que não se pode é entrar em campo derrotado. As dificuldades devem ser explicadas antes dos onze jogadores do Atlético começarem a jogar. Berrar na beira do gramado não faz efeito nem quando o estádio está vazio, como na partida contra o Figueirense.
O Rubro-negro precisa ter a mesma vontade e pegada do primeiro jogo. A superação e a dignidade ultrapassaram a técnica. E valeu. Podemos pedir bis?
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