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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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Um atleticano em Santos
14/06/2005
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A briga era boa. Atlético Paranaense e Santos faziam um dos "pegas" mais alucinantes do futebol em 2004. Nada poderia ser definido com muita antecedência, prevÃamos no máximo uma rodada antes ou mesmo apenas na última conhecerÃamos o campeão do Brasil, como realmente aconteceu.
Embalado pela rivalidade e curioso para conhecer mais de perto o temido e ousado Santos de 2004, aproveitei o auge do campeonato e fui até o litoral paulista, para que meus próprios olhos pudessem observar qual era o segredo maior que levara o time litorâneo a ser, ao lado do Furacão do Brasil, novamente o candidato ao tÃtulo. O jogo era contra o Atlético Mineiro, apenas mais um dos que foram passear em Santos no ano passado. A cidade estava mobilizada em torno do jogo, as ruas tomadas por bandeiras alvinegras e o clima era de festa, fazendo com que a vitória fosse anunciada, mesmo porque o galo de minas não mostrava condição alguma de sair com três pontos da Vila Belmiro.
A bola rolou e o Santos de Mauro, Robinho, Léo e companheiros deitou e rolou em cima do xará mineiro, no famoso jogo do "um vira", "dois ganha". Um clássico placar e mais de 15 mil santistas empurrando o Peixe me fizeram deixar o litoral santista com uma certeza: é duro jogar contra o Santos no Urbano Caldeira. Três meses depois o destino desejou que o mesmo Santos levantasse a taça e se sagrasse bicampeão brasileiro, afinal, foi mais competente e apenas escreveu um justo capÃtulo na história do futebol.
Agora chegou novamente a hora de retornar ao litoral paulista. Vestidos de vermelho e preto, vamos invadir a cidade de Santos, com a esperança muito mais forte que a qualidade do nosso Furacão. A partir do momento em que o Atlético pisar o gramado da Vila Belmiro, mais uma página histórica estará sendo escrita no livro atleticano.
Enquanto estivermos formando a nossa grande corrente positiva, lá estarão 11 personagens, alguns suplentes e um comandante com a dura missão de cravar o nome do Clube Atlético Paranaense na semifinal da Copa Toyota Libertadores da América. Ora, ora! Já imaginaram o nosso Atlético, o nosso Rubro-negro, o nosso Furacão da Baixada entre os quatro melhores times da América?
Para tanto, o Atlético precisa ser na noite de quarta-feira um time estratégico, com alguns ingredientes que podem mexer com o jogo e nos dar de presente a vaga para a próxima fase. Entre os principais, lá está ela, a velha e boa inteligência, a sabedoria em saber jogar com a vantagem sem que a mesma nos atrapalhe. Depois da inteligência, os ingredientes fundamentais para qualquer time que almeja o sucesso. Coragem, equilÃbrio, garra, vontade, paciência, determinação e, principalmente, que cada atleta possa por apenas um instante deslizar a mão pelo peito e sentir que está carregando consigo uma história, uma tradição e uma paixão chamada Atlético.
É, jogar no Urbano Caldeira não é fácil, eu sei! Mas todos tenham a certeza de que cada atleticano, em qualquer canto do Brasil ou do Mundo, estará fazendo a sua parte. Cada um ao seu modo, fazendo a sua graça, a sua oração e o seu pedido. Cada qual como preferir, pelo rádio, pela internet, ao vivo ou pela televisão, em um só coração.
Vai Atlético, passa por cima de tudo e de todos, dos problemas e das dificuldades. Mostra que és grande e não teme as mais duras batalhas, afinal foi sempre nestes momentos que a tua estrela brilhou mais forte.
No dia 15 de junho de 2005 não poderá existir lógica, não poderá existir precisão. Deverá sobrar vigor, espÃrito de luta e o forte desejo além dos limites de qualquer um. O Atlético precisará fazer valer a máxima de que no futebol não existe favorito quando a bravura supera a técnica.
É nisso, exatamente nisso que apostamos! Quero te ver Atlético, retornando feliz, com o sorriso em cada rosto, com a vaga na bagagem e com a alegria em pode dizer: "eu sou semifinalista da Libertadores da América". Boa sorte Atlético!
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