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Patricia Bahr
Patricia Caroline Bahr, 43 anos, é jornalista e se descobriu atleticana nas arquibancadas do Pinheirão, no meio da torcida, quando pôde sentir o que era o Atlético através dos gritos dos torcedores, que no berro fazem do Furacão o melhor time do mundo. Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2010.
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Em campo inimigo
11/06/2005
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Sensação estranha esta de hoje. Tem jogo do Atlético em Curitiba e nós, torcedores, estamos impedidos de poder fazer parte do espetáculo. Tudo por causa da atitude irresponsável de um pseudo-torcedor, que numa atitude totalmente reprovável tirou o direito de uma nação composta por um milhão de atleticanos poder hoje ir ver o Furacão jogar. Atitude irresponsável de um, compactuada por vários que estavam em sua volta, que não tiveram coragem de denunciar o infrator. Triste ter que pagar pelo erro dos outros. Hoje, paga o Atlético, pagamos nós, atleticanos.
Mais estranho ainda é o momento atual que passa o Atlético. Vivemos duas sensações inéditas na história do clube. Na Libertadores, a melhor campanha de um clube paranaense até aqui na competição, dependendo de um empate para chegar à inédita semifinal do torneio mais importante da América Latina. Hoje, na lista dos oito melhores times do continente, o Atlético é um deles. No Brasileiro, outra situação inédita. Seis jogos, seis derrotas. Momento mais do que ideal para a reação. Pena que, por culpa de um, muitos outros não poderão dar a sua contribuição para a volta por cima do Rubro-negro.
Que pelo menos o nosso retorno ao Couto Pereira nos traga a mesma sorte do último jogo que tivemos lá. Com determinação, vontade, raça, objetividade e técnica, o Atlético conseguiu uma virada espetacular sobre o maior rival em 29 de agosto. Que os ares (que por motivos óbvios não são muito agradáveis nos lados de lá) do Couto Pereira tragam ao Atlético o espÃrito de superação que sempre acompanhou o clube nos momentos difÃceis. Assim, poderemos começar a escrever hoje, em pleno Major Antônio Couto Pereira, uma nova realidade para o Atlético no Brasileirão 2005. Uma realidade à altura do Atlético e dos atleticanos. Superação e reação são as ordens do dia.
Arbitragem brasileira
Quando soube que o gaúcho Carlos Eugênio Simon seria o árbitro do jogo contra o Santos, a impressão que tive foi de que escolheram "o menos pior". Não pela qualidade de Simon, que é sim o melhor árbitro brasileiro na atualidade. Mas preferia uma arbitragem internacional para este jogo, por entender que um trio de fora vem apitar aqui sem os vÃcios protecionistas que estamos acostumados em ver. Infelizmente, a Conmebol não pensa assim e manteve a arbitragem brasileira para o confronto.
Ao Simon, desejo boa sorte no apito deste importante jogo. Que ele não siga os maus exemplos dados no primeiro jogo por Wilson de Souza Mendonça, que teve uma atuação lamentável, com falta de critério na distribuição de cartões, na sinalização de faltas e na interpretação dos lances. Mendonça teve uma arbitragem muito contestada, não estando no nÃvel desejado para uma competição internacional tão importante quanto a Libertadores da América. Que Simon tenha mais competência e eficiência na quarta-feira.
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