Ricardo Campelo

Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.

 

 

O tempo vai passando

09/06/2005


Já estamos em junho, e as esperadas contratações ainda não apareceram. Muito se falou em David Ferreira, Julio dos Santos, mas nenhum até agora foi apresentado ao Atlético. De reforços, apenas o zagueiro-artilheiro Adriano, do Atlético-MG, e o também zagueiro Juninho, do Guarani. Não sei se é pessimismo demais meu, mas não consigo me animar com estes jogadores, um com péssima passagem pelo combalido Atlético-MG, e outro que estava no banco de reservas no Guarani, time que freqüenta a zona de rebaixamento para a Série C.

O tempo vai passando. Sábado o Atlético tem um jogo importante contra o Figueirense, e nada de reforços. Pelo contrário, o time joga desfalcado da torcida, um dos grandes responsáveis pelas duas únicas vitórias do Clube nas últimas semanas (contra Cerro Porteño e Santos, na Baixada). Sei que o momento é de animação diante da possibilidade da classificação às semi-finais da Copa Libertadores, mas não consigo deixar de me preocupar com o Brasileirão. Vamos lá Atlético, cada dia que passa sem a apresentação de contratações pode significar pontos a menos na tabela.

Fabrício

Essa é de meu xará Ricardo Constantino. Ao ouvir a notícia de que Fabrício estaria insatisfeito com a reserva, inadagou: “Ah é?! E os milhares (de torcedores) que estão insatisfeitos com ele de titular?!”

Brasil x Argentina

O jogo Brasil x Argentina, ontem, me lembrou, guardadas as devidas proporções, a vitória do Atlético sobre o Santos na última quarta-feira. Ouvi dizer que a Seleção canarinho entrou em campo de “salto alto”. Discordo, assim como não acho que o time do Santos tenha entrado “mascarado” contra o Atlético. Não é que faltou raça ao Santos e ao Brasil. É que sobrou ao Atlético e, ontem, à Argentina. Os portenhos entraram em campo com o intuito de vencer a todo custo. Enfrentavam a Seleção Brasileira, teoricamente superior no aspecto técnico, por contar com os excepcionais e consagrados Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Robinho e Adriano. Então, o que os argentinos fizeram foi decidir que o jogo seria decidido na vontade.

E assim fizeram: uma marcação implacável durante os 90 minutos para não deixar o Brasil jogar. Assim como o Atlético fez contra o Santos – não com tanta eficiência, é claro, mas o suficiente para conquistar seu objetivo. E assim como o Santos mostrou sua técnica – e vontade – no segundo tempo daquela partida, tendo várias oportunidades de gol, o Brasil também chegou com freqüência à meta Argentina na etapa complementar, porém sem conseguir evitar a derrota, pois a raça do adversário durou até o final da partida.

Semana que vem, na Vila Belmiro, o Atlético tem que estar imbuído do mesmo espírito de raça e determinação que o levou à vitória na Baixada, e que rendeu aos argentinos ontem um incontestável triunfo sobre os brasileiros.


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