Ricardo Campelo

Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.

 

 

Com Robinho, Ricardinho e Wilson de Souza Mendonça

02/06/2005


Tinha Robinho, tinha Ricardinho, tinha Deivid, tinha Léo. Tinha Wilson de Souza Mendonça, que não tinha critério. Não tinha Alan Bahia, expulso depois de receber um cartão amarelo (o primeiro) absurdo. Tinha pênalti não marcado a favor do Atlético. Tinha posição duvidosa do Deivid no segundo gol santista.

Mas tinha também uma camisa. Tinha vermelho e preto. Tinha um estádio lotado, uma torcida apaixonada obstinada pela vitória. Tinha um Clube Atlético Paranaense, disposto a investir tudo nesta batalha pela vitória. Disposto a mostrar que futebol não é só feito de plástica, mas também de raça, suor e determinação. O que o Atlético fez por si, e por nós, ontem, foi maravilhoso.

Foi heróico. Histórico. Em 1998, o Atlético foi goleado pelo Corinthians por 6 x 2, na Copa do Brasil. Tínhamos time, mas não tínhamos um Clube forte, pronto para uma partida daquela importância. Hoje, o time está mal, tem seis derrotas no Brasileiro. Mas temos Clube. Temos camisa, grandeza, e força para equilibrar o duelo com a constelação santista. Para jogar com dez contra doze e arrancar uma vitória. Para, mesmo aos trancos e barrancos, estar disputando uma vaga de semi-final em Libertadores.

Uma vitória de lavar a alma. Esta alma atleticana que sofreu tanto nas últimas semanas. Que ouviu o Brasil menosprezando o seu Atlético e dando amplo favoritismo ao Santos já neste jogo da Baixada, ainda que tentassem esconder. Foi uma vitória de garra, de bravura, e de grandeza. Para lembrar a todos, atleticanos e adversários, o quanto é grande este Atlético.

Perdão

Estou envergonhado. É assim que posso definir meu sentimento a lembrar das palavras que destinei a Lima no início desta temporada. Fui precipitado e, ainda mais, injusto. Deixei-me contaminar pela rivalidade contra seu ex-time, e, somando a isso suas medianas atuações no início do ano, e criei uma concepção errada sobre o jogador.

Lima é um jogador atrapalhado, é verdade. Mas tem, sim, uma habilidade, que quando se sobrepõe ao seu desajeito, o transforma em um grande jogador. Também vem ostentando o oportunismo necessário para um atacante. E, o mais importante: mostra raça. Briga por todas as bolas, acredita, luta. Isso, hoje em dia, deve ser muito valorizado.

Por tudo isso, Lima, peço perdão pela minha impaciência e injustiça. E por ter passado por cima de tudo isso, você merece ainda mais respeito e consideração. Obrigado pelo que vem fazendo pelo Atlético.

Evandro Já

Ficou provada de uma vez por todas a qualidade de Evandro e a sua importância para a equipe do Atlético. Jogador veloz e habilidoso, esse sim deve ser o titular absoluto do nosso meio-campo.


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