Sérgio Tavares Filho

Sérgio Juarez Tavares Filho, 45 anos, é jornalista e morou até os 12 anos em Matinhos, litoral do Paraná. Acompanha o Atlético desde que nasceu e vive numa família 100% rubro-negra. Até os cachorros se chamam Furacão e Furacão Júnior. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2009.

 

 

Azarão

01/06/2005


É cantado em verso e prosa o favoritismo do Santos para a partida de hoje à noite. Enquanto os paulistas vivem de Robinho, Ricardinho e Deivid, os paranaenses sonham com a volta de Dagoberto, Fernandinho e Denis Marques. Por ora, a solução está em Aloísio, Cocito e Jancarlos. Se o futebol fosse como o turfe, o Atlético seria o azarão do dia primeiro de junho.

As seguidas decepções atleticanas no Campeonato Brasileiro e a instabilidade na Copa Libertadores, animaram o Santos. Ninguém fala abertamente, mas a certeza de que a decisão da vaga para as semifinais vai ser decidida em Curitiba, é quase absoluta. A liberação dos jogadores convocados por Parreira é só mais uma prova disso. Especula-se ganhar com facilidade na Kyocera Arena para depois poupar os craques no segundo jogo.

Aí que o Atlético pode se dar bem. Se não entrar em campo com o espírito de derrotado, de último colocado no nacional, pode surpreender. Mesmo sem jogadores de referências no ataque, o esquema defensivo de Antonio Lopes deve ser abolido do vocabulário atleticano. Historicamente o Rubro-negro sempre foi de jogar para a frente, procurando o gol, até quando tinha Pirata perto do goleiro adversário.

Se cada um fizer a sua parte, vai dar certo. São onze contra onze dentro de campo. Mesmo com as magistrais jogadas de Robinho, é possível vencer o Santos. A diferença está nas arquibancadas. E aí, a vantagem do Atlético é bem maior. Não custa ajudar. Azarões costumam a repercutir na mídia com mais intensidade.


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