Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Acreditar, a nossa maior missão

31/05/2005


Problemas. Diego ainda falha nas saídas do gol. Não temos alas, perdemos Marín para o jogo de amanhã. Baloy foi destaque em alguns jogos, mas também está fora. Marcão não está rendendo. A zaga está deficiente. Cocito piora a cada jogo. Alan Bahia parece ter perdido a vontade. Rodrigo está fora de forma. Fabrício continua enganador. Aloísio é fraco. Sem previsões de contratação para o campeonato brasileiro e amargando com angústia a dor da última posição da tabela. Dois jogos fora da Baixada e com portões fechados. Uma estranha sensação de estar no inferno e no paraíso ao mesmo tempo.

Afinal de contas, o que está a nosso favor?

Nação atleticana, vamos esquecer por uma noite a nossa relação de problemas. O que está a nosso favor? O Atlético. É isso, de novo, mais do que nunca, o Atlético precisa de cada um de nós. Amanhã, quando a bola rolar, exatamente às 19 horas e 15 minutos na Baixada, temos a obrigação de fazer o Santos "tremer na base".

Somos inferiores? Quem falou? O Atlético, aliado à sua fantástica torcida, não é inferior a ninguém, e nós vamos provar isso na noite de quarta-feira, dia 1º de junho de 2005. Chegou novamente a hora de lotar a Baixada e fazer borbulhar o Caldeirão do Diabo. Cada um de nós será responsável por "parar" o ataque do Santos, esticar o pé e anular os passes de Ricardinho, chutar a bola, mesmo que do meio da rua, e balançar as redes do praiano Mauro. Sim, cada um de nós vai vestir a velha roupa de "Marcão", aquela surrada que está encostada e desde a semana passada não vemos, e crescer diante do peixe da Vila Belmiro.

Mas para isso, existe um detalhe, meu amigo atleticano! Não importa que você esteja no estádio, em casa, no bar, na lanchonete, no restaurante, ligado na TV ou no radinho de pilha, sozinho ou bem acompanhado, aqui na capital paranaense ou mesmo longe do Atlético. Neste momento temos o dever de ACREDITAR. Isso mesmo, acreditar no tamanho máximo, como nunca fizemos! Está lançada a campanha da corrente positiva, da corrente pra frente, da corrente em nome do Furacão da Baixada.

Estamos a dois jogos da semifinal da Copa Toyota Libertadores da América 2005. O que um dia para nós foi um sonho, pode se tornar realidade a cada minuto que está passando. Difícil? Sim, mas nada foi fácil até agora. Impossível? Jamais. Nada é impossível para uma multidão de atleticanos, todos aqueles que parecem se transformar nas arquibancadas. Amanhã todos nós temos várias missões, precisaremos ser técnicos, jogadores, presidentes e torcedores da nossa maior paixão chamada Clube Atlético Paranaense. Tudo isso ao mesmo tempo. E mais uma vez eu peço com toda a esperança do mundo: "acredite, torcedor atleticano!"

"Vou para a luta, estou preparado para a batalha, quero ganhar a guerra e acredito nisso. Independente do que acontecer, quero ao final de tudo, estar de cabeça erguida, com orgulho de ter buscado em algum lugar motivos e forças para lutar e, principalmente, ter orgulho da minha nação".

Bom jogo a todos, e agora sim, que venha o Santos.


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