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Eduardo Aguiar
Eduardo Aguiar, 51 anos, é jornalista e filho de um coxa-branca (ainda bem que existe a Teoria de Darwin, sobre a Evolução das Espécies!). Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2006.
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Oito derrotas nas últimas nove partidas... É difícil lembrar quando foi a última vez quer o Atlético passou por uma uma fase tão ruim. Mas, como devemos aproveitar as crises para tirarmos algumas lições, aí vão algumas delas:
"Omnia rara, cara."
”O que é raro, é caro”
Escassos são os craques, os jogadores que resolvem, que trazem vitórias para suas equipes, que fazem lotar o estádio. Por isso custam muito dinheiro. Já a oferta de atletas “meia-boca” é enorme; há um em cada esquina, oferecidos aos montes para os clubes por empresários interessados em valorizar seu patrimônio. Por isso são mais baratos.
Não acho que a política de dar oportunidade para os jovens, descobrir e revelar potenciais craques seja errada. Ao contrário. Mas ela pode ser muito mais frutífera se a gurizada prata-da-casa tiver a oportunidade de jogar do lado de craques.
"Amplius iuvat virtus, quam multitudo"
”Mais vale qualidade que quantidade”
O que se observou nesta temporada fatídica é que a diretoria, ao optar por não contratar craques consagrados para ficar dentro do orçamento, pode ter adotado a tática errada. Afinal, o quê é mais custoso para o clube: manter um Cláudio Pitbul ou três “Aloísios” ou “Maciéis” da vida? É a segunda lição: ”Mais vale qualidade que quantidade”. Agora, se for para trazer reforços, que sejam jogadores capazes de fazer a diferença.
"Nulla aetas ad discendum sera"
”Nunca é tarde para aprender”
A mesma coisa se aplica para a escolha dos treinadores. Ano após ano o Atlético iniciou a temporada fazendo experiências, sempre muito questionadas pela torcida e que, via de regra, não deram certo. Foi assim com Casemiro Mior, Flávio Lopes, Heriberto da Cunha e outros mais. Se de início economizaram alguns tostões apostando em desconhecidos, certamente gastaram muito mais para buscar, depois, um substituto mais respeitado nacionalmente. Mas “nunca é tarde para aprender”, diz a terceira lição. Agora, espera-se que Antônio Lopes possa fazer um trabalho que dure pelo menos até o fim desta temporada. E no ano que vem, se for necessário trazer alguém para o lugar do delegado, que seja um técnico com condições de realmente realizar um trabalho de longo prazo.
"Vincit qui patitur"
“Com perseverança, tudo se alcança”.
Mesmo com essa tremenda má fase, o Atlético pode – e vai – sair da crise. Basta deixar o Antônio Lopes trabalhar e que ele tenha peito e serenidade de escolher o seu time titular e o deixe jogar. Lá no Juventude, o técnico apostou em Bruno Lança e Willian (que, aliás, fez um golaço contra os coxas neste domingo) e eles deram conta do recado. Aqui na Baixada a torcida não dava trégua e os treinadores desistiam de apostar nestes atletas. Os atleticanos esperam que Lopes faça a escolha certa e que os jogadores escolhidos agarrem a oportunidade com unhas e dentes. Afinal, “Com tempo e perseverança, tudo se alcança” e o delegado já falou: a solução agora é trabalhar, trabalhar e trabalhar.
A virada, quem sabe, pode começar nesta quarta-feira, contra o Santos, pela Libertadores. Eu acredito. E você?
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