Eduardo Aguiar

Eduardo Aguiar, 51 anos, é jornalista e filho de um coxa-branca (ainda bem que existe a Teoria de Darwin, sobre a Evolução das Espécies!). Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2006.

 

 

A bomba é de todos nós?

27/05/2005


O Atlético será julgado pelo STJD na próxima semana pelo fato de um “torcedor” ter arremessado uma ou duas bombas no gramado na partida contra o Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro. Se punido, será obrigado a jogar com os portões fechados.

A questão é: seria esta uma punição justa? É correto um clube e sua imensa torcida pagarem pelo ato de um único vândalo?

Eu aprovo portões fechados como forma de punição para as desordens provocadas por torcedores nos estádios, até que se encontre melhor solução. Porém, é preciso certa moderação nesta gana punitiva, para se evitar exageros como aconteceu no Brasileirão do ano passado. Um clube não pode ser punido, por exemplo, se algum maluco resolve atirar o seu rádio portátil - ou um foguete - para dentro do campo. Por isso é preciso criar mecanismos e estratégias para identificar e responsabilizar este tipo de agressor.

É justo e razoável pretender que não se socialize o castigo por transgressões individuais. O Estatuto do Torcedor exigiu câmeras de TV para identificar desordeiros e, assim, proteger quem vai ao estádio por lazer ou para trabalhar. O Atlético foi um dos primeiros clubes a instalar esse aparato tecnológico. Nesse ponto, a participação da torcida é importante também, apontando os transgressores para que sejam detidos.

No caso de objetos arremessados para dentro do campo, só a identificação dos autores poderá produzir justiça. Para este tipo de delito, não cabe responsabilizar os clubes. Portões fechados, perda de pontos, transferências de locais, nenhuma destas modalidades punitivas tem caráter preventivo.

Mas convém admitir ainda que, assim como não há trânsito sem acidentes, também é impossível pretender grandes concentrações humanas sem deslize algum. Por isso, defendo que clubes que não tomam medida alguma para evitar invasões de gramado ou identificar os vândalos que arremessam objetos no campo devem ser punidos. Já aqueles que se preocupam com o bem-estar do torcedor e com o bom andamento do espetáculo devem ter suas penas atenuadas.

Mau exemplo

Além disso, a pífia multa de R$ 50 mil imposta ao Brasiliense por ter descumprido a punição de jogar com os portões fechados é um verdadeiro convite para que outros clubes repitam a rebeldia. Uma tremenda bola fora da Justiça desportiva.

Perguntar ofende?

Essa imprensa que anunciou como certas as contratações de Kelly, Adriano e Petkovic, e ainda a ida de Diego para o Corinthians, deve ser levada a sério?

Perguntar ofende? (II)

E o Denis Marques, será mesmo liberado? Quando? E o Atlético terá que arcar com os custos de sua liberação?


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