Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

Classificado sob a luz de Nowak

27/05/2005


A vida nos proporciona fortes emoções, tanto boas como ruins. Para a nação atleticana, ontem foi um dia marcante. O sentimento de perda pelo falecimento do polonês Krysztof Nowak, um dos maiores jogadores da história do clube, certamente o melhor estrangeiro que já vestiu a camisa atleticana, contrastou com a alegria da torcida atleticana pelo maior feito do Atlético e do futebol paranaense, a classificação para as quartas-de-final da Copa Libertadores da América.

Os jogadores atleticanos atuaram com muita raça e disposição, honrando a camisa do Atlético, como sempre a honrou o saudoso Nowak. Em um jogo decisivo como o de ontem, válido por uma das maiores competições do mundo, não basta ter talento, pois vencerá quem tiver mais vontade e comprometimento. Assim como na espetacular final da Copa dos Campeões da Europa, venceu quem acreditou até o final e teve competência na cobrança de pênaltis. Tanto Liverpool como o Atlético não se intimidaram com a força do adversário e, mesmo com a iminente ameaça da derrota, acreditaram até o último momento. Curiosamente, o Atlético venceu no erro do principal jogador adversário, o artilheiro Santiago Salcedo, assim como o Liverpool triunfou após o erro de Andriy Shevchenko, um dos maiores artilheiros do futebol mundial.

O próximo desafio é contra o embalado Santos, uma excelente equipe, mas que desfalcada de Robinho, Ricardinho e Leo perde muito de sua força e poderio ofensivo. Provavelmente os três não possam atuar contra o Atlético, pois foram convocados para a seleção brasileira. No entanto, independente dos desfalques do rival, o Atlético deve continuar jogando sério, com vontade e disposição para assim triunfar novamente e alcançar a sonhada vaga para as semifinais da Copa Libertadores da América. Um jogo histórico, com lotação completa da Kyocera Arena e da Vila Belmiro e oportunidade ideal do Atlético se vingar daquele que o superou na reta final do Brasileiro 2004.

Ontem, fiquei muito chateado com a perda do Nowak, relembrei de suas notáveis apresentações pelo Atlético e tive a certeza de que onde ele estiver, iluminou o caminho atleticano nesta batalha de Assunção. Um jogador excepcional como ele, que respeitava o clube e seus torcedores e por estes sempre foi respeitado e admirado, com um enorme carisma, correto dentro e fora dos gramados, merece nossa homenagem. Tenho certeza absoluta que de alguma forma a diretoria atleticana, através daqueles que conviveram e trouxeram o polonês ao clube, como o Presidente Mário Celso Petraglia, batizarão algum espaço do clube com o nome do ídolo, eternizando-o na história do Atlético. Adeus Nowak, parabéns Atlético!


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