Jones Rossi

Jones Rossi, 46 anos, é repórter do Jornal da Tarde, em São Paulo, e um dos fundadores do blog De Primeira. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

Lopes não

24/05/2005


A contratação de Antônio Lopes não deve ser encarada da mesma forma que a de Casemiro Mior. Casemiro era uma aposta. Depois se mostrou errada, em grande parte devido à qualidade do grupo montado pela diretoria. Eu e o Juliano demos um desconto para os dirigentes. Contratar um jogador implica riscos, e há chance das coisas saírem erradas. Mas o retorno de Lopes ao comando do Atlético não tem nada de aposta e nem está dentro de alguma margem de erro. Alguns classificariam de estupidez, já eu acho que a diretoria está totalmente perdida. É uma decisão sem sentido.

O que Lopes fez durante mais de um ano no Coritiba que fosse relevante? Ah, ganhou o título paranaense, mas isso até Flávio Lopes já fez. Falar dos erros de Mário Sérgio é perda de tempo. Também não vou falar que seria melhor ter contratado Cuca, ou mesmo Péricles Chamusca, que ainda está disponível. A contratação de Lopes não se resume a preferir um nome ao outro. Representa a falta de rumo de uma diretoria que em 2005 decidiu homenagear o passado voltando exatos dez anos. Só falta o pacotão do Toledo.

Que ninguém se aproveite este texto para sugerir a saída da atual diretoria. Nem para reforçar oportunistas da oposição de todos os cantos, do Ártico às ferrovilas. Não é intenção deste texto - e nem há força nele para tanto - desestabilizar o grupo dirigente. Mas pedir que, com humildade, chamem de volta quem já ajudou o Atlético. Ele está precisando. Sem mágoas e rancores. O que não dá é para continuar cometendo tantos erros.


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.