Ricardo Campelo

Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.

 

 

Cinco Anos Depois

19/05/2005


Volto no tempo, até o ano 2000. Primeira participação do Atlético na Copa Libertadores. Na fase inicial, uma campanha sensacional, a melhor entre os participantes: cinco vitórias e apenas um empate. O Atlético, naquela edição do torneio, era quase o River Plate de 2005. Vieram as oitavas-de-final, contra o Atlético-MG, que fazia uma campanha razoável. Jogo no Mineirão, derrota por 1 x 0. Na Baixada, o Furacão precisaria vencer por dois gols de diferença.

A cidade parou. Mobilização total dos atleticanos. Só se falava na partida, em todos os cantos. O otimismo era geral, todos acreditavam que o quadrado mágico (Adriano, Kelly, Lucas e Kleber - que saudades) daria conta do recado. Entretanto, o final não foi feliz. O Atlético jogou muito. Fez 2 x 0, e poderia ter feito o terceiro em um lance de Lucas que começou espetacular e terminou de forma inexplicável. O castigo veio em um contra-ataque, quando Marques descontou para os mineiros e levou a decisão para os pênaltis. O sonho acabaria, momentos depois, nos pés do Gabiru, que chutou por cima do gol.

Hoje, a situação é bem diferente. A campanha do Furacão na primeira fase foi irregular, e terminou na vexatória goleada por 4 x 0 imposta pelo Independiente de Medellín, dentro da Baixada. Já o Cerro Porteño garantiu a primeira colocação em seu grupo, terminou a fase inicial invicto e tem o artilheiro da competição, Santiago Salcedo, com nada menos que oito gols em seis partidas. Ademais, o clima atleticano nas últimas rodadas não foi esteve nada bom. Derrotas no Brasileiro, briga entre diretoria e torcida, e falta de empolgação por muitos torcedores.

Bom, quero chegar a dois pontos. O primeiro: formalmente, estamos na mesma situação de 2000. Não importa se os últimos resultados não foram bons. O fato é que disputamos as oitavas-de-final da Libertadores, podendo alcançar as quartas-de-final, feito inédito para o Clube. Segundo: em 2000, fomos eliminados por um adversário que não estava tão bem tecnicamente quanto nós. O Galo mostrou raça para buscar um resultado, teve mais estrela e tranqüilidade nas cobranças de pênaltis, e ficou com a vaga. Ora, cabe ao Atlético buscar esta motivação e brigar pela classificação.

Futebol

Às vezes acho que não entendo de futebol... Pelo menos não entendo algumas atitudes do departamento de futebol do Atlético. Primeiro, não entendo porque o Clube abriu mão de Rodrigo Souto. Aconteceu alguma coisa extra-campo? Apesar de Rodrigo não ter mostrado um futebol muito vistoso, era nosso único volante que sabe sair jogando. Dentre os inscritos na Libertadores, sobraram apenas três – Alan, Cocito e Ticão, dos quais nenhum sabe tocar a bola com eficiência. Em compensação, temos seis atacantes inscritos: Lima, Aloísio, Cléo, Maciel, o suspenso Dênis Marques e o inepto Jorge Henrique. O que é que Jorge Henrique, ou ainda André Rocha, podem oferecer a mais do que Rodrigo Souto? Difícil entender. Também não entendo por quê Etto foi sacado sumariamente do time e deixado de fora da Libertadores. Se Etto não teve atuações excepcionais, ao menos não teve partidas abaixo da crítica como o titular (!) Jancarlos.

Enfim, é sempre bom falar de futebol, por isso fiz este registro. De qualquer forma, quaisquer 11 jogadores escalados terão meu amplo apoio hoje. Peço que você, atleticano, apóie também.

Campanha

Como o leitor pôde perceber, nós da Furacao.com lançamos uma campanha que tem o objetivo único de apoiar o Atlético neste momento tão importante de sua história. O Atlético já é o Clube paranaense com melhor retrospecto internacional: três participações na Libertadores, duas delas com classificação para as oitavas-de-final. Hoje, podemos dar mais um passo à frente. Uma vitória pode abrir o caminho para uma classificação às quartas-de-final, colocando o Clube entre os oito maiores da América. Não é pouca coisa, não.

Parabenizo e agradeço à Torcida Os Fanáticos, que já anunciou que hoje será dia de apoio total ao Atlético, sem vaias. Isso terá importância fundamental para o time.

E reitero os termos da nossa campanha. Reitero tudo que foi dito em conjunto pelos colaboradores que mantêm este site: Marçal Justen Neto, Sérgio Tavares Filho, Cléverson Freitas, Juarez Villela Filho, Marcel Costa, Rogério Andrade, Alexandre Richter, Bruno Rolim, Eduardo Aguiar, Erick Raifur, Monique Silva, Patricia Bahr, Thiago Caetano, Sérgio Surugi Siqueira, Fabiani Sandrini, Julia Abdul-Hak, Fábio Kaiut, Jones Rossi, Juliano Ribas, Loriano Modzinski, Silvio Rauth Filho.

Reitero o que disseram os ex-jogadores Jackson e Alfredo. O que disse o ex-presidente da Fanáticos, Belotto. E reforço o que pensam meus familiares e amigos Guido, Guilherme, Victor, Luís Geraldo e Cid Campelo, Juliano e Merlino Prestes, Manoel Arantes, Fábio Peixoto, Jackson Pitombo, Gustavo Guimarães, Fábio Maniglia, Rômulo Sampaio, Leonardo da Costa, Samuel Guimarães, Ricardo Constantino, Nilton Cardoso, Rui Paciornik, Henrique Domenico, Helder Cardoso, Gustavo e Guilherme Baduy, Bruno Mussi, Marcel Lima, Elias Karam, Renato Kersten, Lupércio Albuquerque, Luciano e Rodrigo Mengarelli, Augusto Oliveira, João Luiz Hiczy, Rodrigo Gabardo, Tiago Guetter, Rodrigo Salgueiro, Maurício do Vale, dentre tantos outros que a paixão pelo Atlético uniu ou fortaleceu a união.

O que toda esta gente sabe, e sempre soube, é que não existe conquista impossível para um Atlético unido.

Hoje é dia de renovar o amor pelo Atlético.


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