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Ricardo Campelo
Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.
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As incertezas continuam
05/05/2005
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Confesso que gostaria de escrever algo diferente da coluna de quarta-feira passada. Queria estar mais otimista com o Atlético, especular formações para o time, vislumbrar a busca pelo título... mas não consigo. O horizonte que vejo não é dos melhores. Talvez eu devesse escrever um texto nostálgico e brilhante como o último do colega André. Ou falar sobre o afastamento entre diretoria e torcida, como fez, com toda propriedade, o amigo Sérgio Tavares. Mas, como eles tiveram a idéia primeiro, sobra, pra mim, falar do time mesmo.
Bom, o time que vi em Caxias do Sul ainda foi horrível. A “jogada” mais freqüente ainda foi o chutão para frente. As chances de gol foram mínimas. Os jogadores ainda não mostraram um futebol concatenado. Poucos atletas nos trazem grandes esperanças. Caetano e Leandro, por exemplo, tiveram atuações animadoras contra a Ponte Preta, mas não renderam muito no último domingo. Talvez por falta de entrosamento, talvez por falta de esquema tático, ou talvez por falta de time mesmo.
O curioso é que, antes do título de 2001, eu era conhecido como um dos colunistas “otimistas”, sempre acreditando que as coisas dariam certo. Sempre clamei por paciência, dizendo que o projeto de nossa diretoria era para render frutos a longo prazo. De 2002 pra frente, período que coincide com mudanças na estrutura administrativa do clube, são raros os meus textos – com exceção dos escritos na reta final do Brasileiro do ano passado – que conseguem mostrar entusiasmo quanto à conquista de algum título importante. Mas, infelizmente, é o que sinto, mais uma vez, com relação a este Brasileiro de 2005.
Não é em razão destes dois maus resultados, não. Não sou crítico de momento, que fica desesperado em razão de duas derrotas seguidas. O que me preocupa é não conseguir ver, no atual elenco e comissão técnica, um grupo capaz de brigar pelo título. O elenco está muito inchado, e já sabemos que quantidade não resolve, prejudica. O maior exemplo é a lateral-direita, posição que, em 2005, sem contar os improvisos, já deu lugar a André Luiz, Murilo, Jancarlos, André Rocha e Etto, sendo que apenas o último mostrou um bom futebol (nada de excepcional, diga-se). Agora, reintegramos Rodriguinho para o meio-campo que já tem Fabrício, Fernandinho, Evandro, Rodrigo, Caetano, e por aí vão. Destes todos, qual se salvará?
Matemática desta quinta-feira
Para descontrair: coincidência ou não, “coxa eliminado” tem treze letras.
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