Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Despedida

28/07/2015


Não era a intenção, mas tomado pela emoção do gol as 44 minutos do segundo tempo e a defesa do Weverton contra o Avaí, resolvi me despedir do povão rubro-negro.

Esta é minha última coluna na furacão.com. Deixo o espaço para novos torcedores que queiram, assim como os demais colaboradores do site, dedicar um pouco do seu tempo a uma paixão irremediável.

Nestes pouco mais de oito anos em que ocupei este espaço passamos por bons e maus momentos.

Fizemos campanhas sofríveis, outras medianas, fomos rebaixados, nos classificamos para a Copa Libertadores, fomos campeões e como não poderia deixar de ser quando se fala e vive o Atlético, vivemos momentos que só nós torcedores rubro-negros podemos nos orgulhar de contar e presenciar.

Sediamos a Copa do Mundo em nosso estádio. Mérito exclusivo do atual presidente, a vinda da Copa tornou ainda mais especial o melhor e mais importante estádio do Paraná. Foi bonito ver as camisas rubro-negras nos jogos do principal campeonato mundial. Bacana ver a outra torcida da capital, entusiastas da Copa em Florianópolis, admirando nosso templo sagrado.

Tivemos jogos de tirar o folego. Será impossível para o torcedor esquecer, por exemplo, do duelo contra o América-MG no Janquitão. Um jogo único, que só um clube como o Atlético para proporcionar isso.

Lembro, também, da nossa peregrinação durante a reforma da Baixada. Dois anos longe de casa, com uma torcida fiel que não deixou de acreditar no clube e manteve o quadro associativo sempre digno da sua grandeza.

Finalizo destacando o atual momento. Um clube com um estádio moderno, o único da América Latina com teto retrátil, com bons valores no seu elenco, que tem um futuro promissor, sempre apoiado no seu maior patrimônio: a sua fanática torcida. Ela, assim como nossa história, será eterna e precisa sempre ser valorizada.

Deixa aqui meu agradecimento a todos da furação.com, em especial ao Rogério Andrade, Cleverson Freitas, Sérgio Tavares e Juarez Villela. Agradeço, também, a quem destinou um pouco do seu tempo para ler minhas colunas e interagiu no formulário.

Abraço a todos e saudações rubro-negras!

“Atlético! Atlético!
Conhecemos teu valor
E a camisa rubro-negra
Só se veste por amor. (bis)

Vamos marchar
Sempre cantando
O hino do Furacão
E no peito ostentando
A faixa de campeão.

Atlético! Atlético!
Conhecemos teu valor
E a camisa rubro-negra
Só se veste por amor. (bis)

O coração atleticano
Estará sempre voltado
Para os feitos do presente
E as glórias do passado.

Atlético! Atlético!
Conhecemos teu valor
E a camisa rubro-negra
Só se veste por amor. (bis)

A tradição, vigor sem jaça,
Nos legou o sangue forte
Rubro-negro é quem tem raça
E não teme a própria morte.

Atlético! Atlético!
Conhecemos teu valor
E a camisa rubro-negra
Só se veste por amor. (bis)”


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