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Ana Flávia Weidman
Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!
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Por mim seria tudo bem diferente. Milton Mendes, por exemplo. Nunca teria vindo. Mas veio. E justiça seja feita, recuperou a confiança da moçada. Com aquela psicologia de quinta, quando chegou dizendo que não precisávamos de reforços, valorizou o grupo, uniu os atletas e meteu uma injeção de ânimo que eu não achei que fosse possível. Ao que parece, o time tem consciência das suas limitações e, bem por isso, joga com humildade. Está dando é muito certo!
Por mim o plano de sócios seria bem diferente. É mais rentável mais sócios pagando menos, do que esse número indefinido que temos (mas são poucos) pagando muito caro. Mas eu não defino nada e os valores continuarão esses aí. Agora, com a “vantagem” de o sócio adquirir ingresso avulso pagando menos. Vá lá, já é alguma (pouca) coisa.
Por mim hoje à noite eu estaria na arquibancada. A arquibancada que era o meu lugar até poucos dias atrás. Mas agora tudo é diferente. Porque minha missão atual é amar e cuidar da atleticana mais linda que já se teve notícias. A minha Juliana tem apenas alguns dias de vida, mas já dá para perceber o quanto seu sangue é rubro-negro! O som que embala a troca de fraldas é mais ou menos assim “O rubro-negro eu te digo, nesta campanha estarei sempre contigo...”. Para dormir eu apenas sussurro “Atlético, Atlético, conhecemos seu valor...”. Fica evidente o brilho no olhar da pequena e a forma mansa como ela descansa ao som das músicas que ecoam na Baixada sempre que o Furacão está em campo.
Somente a Juliana mesmo para me tirar – por ora – da arquibancada. Torcemos, eu e ela, aqui do sofá! E assim vou fazendo a minha parte, dando, tenho certeza, a maior colaboração que um atleticano pode entregar ao clube: formar um novo atleticano! Forjá-la uma atleticana muito melhor que eu é, certamente, um dos tantos bons valores que quero ensinar a ela.
Por mim hoje a Baixada estaria lotada. Mas não tenho muito que fazer a não ser incentivá-lo a ir ocupar o seu lugar na arquibancada! Eu não posso. Mas você, caro atleticano, você que pode, que tem condições, assuma o seu lugar. Por mim! Grite, empurre, sofra, vibre, por mim e por inúmeros outros atleticanos que não podem ou não tem condições! São atleticanos que tiveram que cancelar o sócio por problemas financeiros, outros que têm que trabalhar, outros tantos que estarão estudando, milhares espalhados por todo esse mundão de meu Deus que fariam todo o possível para estar na Baixada, não só hoje, mas durante todo o campeonato.
Por mim seria sempre assim. O Atlético teria a cara do Atlético, um time copeiro, humilde, raçudo e empolgante! Bem mais que a qualidade do time, importa olhar para dentro do campo e enxergar o meu Furacão! E hoje é assim que é: o time que entra em campo entrega a alma! É tudo que o atleticano quer, embora nossa meta continue sendo escapar do rebaixamento! Ninguém aqui está iludido com a liderança inesperada. Mas sejamos inteligentes em aproveitar o bom momento para recuperarmos a união outrora perdida, porque quando time e torcida estão na mesma sintonia somos muito mais fortes.
Por mim a gente volta a ser imbatível dentro da Baixada! Por mim a gente curte ainda mais liderar o campeonato!
PS - por questões técnicas não estou recebendo as mensagens enviadas. Não fosse por isso, também não teria o tempo necessário para respondê-las. Peço desculpas por isso e já digo que lá no twitter fica mais fácil de trocar uma ideia: @flaviaweidman.
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