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Alexandre Sugamosto
Alexandre Sugamosto e Silva, 39 anos, é produtor cultural e consultor. Vê o futebol como uma guerra estratégica e acredita que a heráldica atleticana deve ser motivo de temor e reverência por parte dos adversários. Adepto do jogo ofensivo, sonha em rever os dias gloriosos do Furacão das Américas.
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Amigos, o início do Campeonato Brasileiro não poderia ter sido melhor para o Atlético. Sei que isso pode parecer sandice, mas vamos aos fatos:-é verdade que ganhamos dos reservas do Internacional e isso serviu para que a torcida pudesse, finalmente, comemorar uma boa atuação do Furacão. No entanto, mal terminou a partida e o Alto Comando disparou uma de suas “notas oficiais” com palavras retumbantes, “projeto iniciado em 1995” e uma ladainha tão enfadonha quanto os jogos dos Campeonato Paranaense. A lei da bola, entretanto, às vezes vem disfarçada no apito; perdemos de 2x0 para o Goiás por conta de uma atuação pífia e tenebrosa do pior árbitro do país. A derrota nos trouxe de volta para a pia da cozinha:-ainda não temos time, nosso treinador é inexperiente e o caminho no certame não será fácil.
Precisamos enxergar o Atlético sem ilusões. Temos, de fato, dois ou três bons jogadores, mas, verdade seja dita, os demais não jogariam nem na suburbana da capital paranaense. O que dizer de um jogador como Douglas Coutinho? Como classificar o futebol de Bady e Paulinho Dias? Nos faltam adjetivos para entender tudo aquilo que é remendo, improviso, falta de planejamento.. tudo aquilo que é o Atlético de hoje.
A boa nova é o começo entusiasmante de Walter. O jogador parece ter entendido o que é o jogar no Atlético e tem assumido a responsabilidade de armar, roubar a bola, correr, tabelar, chutar, driblar e fazer gols... Para usar uma expressão do saudoso Januário de Oliveira: “é disso que o povo gosta”. O povo gosta de gols, de festa, de dedicação e até de carrinho de cabeça.
Sigamos, contudo, sem fantasias. 2015 não será um bom ano para os cardíacos.
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