Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

#18

11/05/2015


Interrompemos a licença-maternidade para comemorar a improvável vitória do Atlético!

Veja, é bom deixar claro logo de início que essa vitória não muda nada daquilo que temos falado, escrito e insistido com respeito à maneira como estamos fazendo (estamos?) futebol no Atlético.

Bom, quando a gente fala que não é tão difícil agradar o torcedor tem gente que custa a entender. São detalhes tão óbvios que garantem a unidade da massa atleticana, que causa profunda dor na alma ver o que estão fazendo com o Furacão. E veja, quando estamos todos unidos parece que os bons momentos fluem com facilidade, sem contar que é menos desgastante atravessar os períodos turbulentos.

O que é que a massa quer?

Primeiro de tudo um time que nos faça ter orgulho de ver jogar. O Atlético é, antes de tudo, um time aguerrido. Qualquer coisa diferente do que um time que se entregue 100% dentro de campo, o torcedor não perdoa. É o mínimo que queremos ver, independente do resultado ou do campeonato.

Depois, um estádio com o qual tenhamos identificação. A Baixada é a nossa segunda casa, mas, sinceramente, não anda parecendo. Sei que o assunto é batido, mas as cores... Não me ocorre que nenhum dos novos estádios erguidos no Brasil não levem as cores dos seus times. Ao menos precisamos de banners rubro-negros espalhados por todos os cantos. O que não pode é deixar a nossa casa completamente acinzentada. E não me venham dizer que com casa cheia a cor do estádio pouco importaria. Importa sim.

Com time e casa, aí só precisamos de um ídolo. Longe de ser craque ou medalhão com salário de ‘sei lá quantos dígitos’, precisamos olhar pra dentro de campo e enxergar alguém que envergue nossa camisa com altivez. Walter é um sujeito simpático, que entende de bola e de fazer gol. Ontem guardou o dele, sofreu pênalti e ainda deu o passe que resultou no terceiro tento. E a cereja do bolo? O pedido de silêncio para a torcida adversária! Oh céus, é a volta do futebol-verdade, com jogador batendo no peito e mostrando que corre sangue vermelho (e preto) nas veias!

Ontem, Walter fez o que gostaríamos que todo e qualquer atleta ou funcionário do Atlético fizesse: que honrasse a nossa camisa nos dando um mínimo de orgulho e esperança de dias melhores. Não queremos os profissionais mais famosos, os mais graduados ou os mais cobiçados. Queremos gente que trate o Atlético com respeito e seriedade. Walter foi contratado para jogar futebol e assim está sendo. Valeu, Walter #18!


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