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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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“Não tá lindo de encantá, nem tão feio de assustá” (sic).
Era assim que meus parentes gaúchos costumavam falar de como estava a vida. É mais ou menos assim que vejo o Atlético na atual fase do campeonato. Se por um lado havia uma boa base de 2013, completamente desmanchada, os garotos foram tendo mais chances este ano; se nos foi prometido que o caixa da obra e do clube, em especial do futebol não se comunicariam, vimos que houve um arrocho e aperto financeiro; se a campanha não é linear e cheia de altos e baixos, devemos lembrar que jogamos praticamente um terço do campeonato ou longe de casa ou sem torcida.
Vejo com alegria a evolução de alguns jogadores que eu já tinha dado baixa. Deivid em especial. O limitado, mas sempre esforçado jogador até um mês atrás era incapaz de fazer algo mais do que marcar firme e com seriedade seu opositor, muitas vezes roubando a bola do adversário e a devolvendo no instante seguinte devido a um passe errado. Hoje ele se mantém como um leão no meio campo, incansável cobrindo os laterais, vindo buscar o jogo pois o time dá muito menos chutões e dando passes pra frente e já se deslocando para receber a pelota de volta. Méritos ao treinador Claudinei nessa evolução.
Claudinei Oliveira que confesso não me parecia boa escolha aquela época. Na verdade o Atlético inventa cada bizarrice de treinador que a gente acaba se contentando com quem chega pelo simples fato de comemorar quem se vai. Ele estava num time de meio de tabela da B, não o via com grandes credenciais para devolver o Furacão ao caminho das vitórias e julgo que em geral substitui muito mal e que insistiu demais em alguns jogadores que o mundo via que não vinham rendendo.
Fato é, porém que o time hoje é muito mais coeso e equilibrado (lembro que usei esses mesmos termos para elogiar a primeira passagem de Leandro Ávila), sofremos menos gols, Weverton tem tido que praticar muito menos defesas e depois de um período de baixa e a meu ver erro no esquema, nossos laterais, que atacam muito melhor do que defendem, voltaram a apoiar mais e municiar o ataque atleticano.
Em suma, os dias poderiam ser melhores, mas levando-se em conta os equívocos cometidos no departamento de futebol, o caixa bastante apertado e toda série de dificuldades que o Atlético passou no ano, estamos indo bem. Vencendo logo as três partidas contra adversários próximos, o clube praticamente se livra de qualquer possibilidade de rebaixamento e mais solto, vencerá ao natural os últimos compromissos do ano, abrindo a perspectiva de um 2015 menos tenebroso e quiçá, de conquistas, algo infelizmente raro nos últimos tempos pelos lados da Baixada.
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