Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Apatia

09/10/2014


Apatia é o termo utilizado para definição da ausência de emoção, motivação ou entusiasmo. Uma espécie de indiferença diante de determinada situação, como se fosse praticamente um estado de depressão.

Um time apático é um time sem tesão de jogar.

O Atlético deste meio de semana, contra o São Paulo, no Morumbi, foi um time apático. Desmotivado (isso é muito preocupante) e sem qualquer poder de reação, a equipe mostrou, além da evidente falta de qualidade técnica, um futebol deprimente. Não cabe aqui neste espaço falar de planejamento de futebol, pois isso o clube não quer e não possui há muito tempo, mas cabe falar do grave momento pelo qual o nosso Furacão está passando.

Culpa do inoperante Claudinei Oliveira? Culpa da péssima dupla Cleberson e Gustavo? Culpa dos fracos laterais Sueliton e Natanael? Culpa do Bady (meu Deus do céu)? Culpa de quem?

A culpa é de uma crise futebolística que vem se instalando de tempos em tempos no Atlético. Ah, não é fácil fazer futebol... Quantas vezes ouvimos essa frase? E por onde anda o zagueiro Luiz Alberto, “dispensado” do clube no final do ano passado? Seria necessário um caminhão de dinheiro para a renovação do seu contrato? Pois é, a nossa zaga hoje é doente de ruim. Difícil mesmo fazer futebol. Fácil é buscar o zagueiro refugo do Paraná Clube (deprimente).

A culpa é da falta de uma política séria de futebol. Uma política especialista em futebol, que entenda de uma vez por todas que Marcos Guilherme está perdido em campo, não sabe mais para onde correr, e o pior, nem corre mais, afinal de contas, para quem não sabe onde vai, qualquer lugar serve. Uma política que diga aos jovens Nathan, Marcelo e Coutinho, que eles são apenas três simples jogadores de futebol, e ainda estão longe, mas muito longe de chegarem aos pés do Messi. Uma política que determine as coisas mais básicas do futebol, como por exemplo, determinar que Sidcley é um lateral esquerdo de ótima qualidade, e não serve para tapar buracos na direita ou no meio campo.

Triste e deprimente é perceber que o São Paulo não fez qualquer esforço para vencer a nossa frágil equipe. Triste mesmo é achar que Paulinho Dias resolverá os nossos problemas no meio e que Hernani é craque, e ainda que Natanael é o nosso cobrador oficial de faltas. Isso é horrível! Mais triste ainda é lembrar que tivemos tempo e nada foi feito com o objetivo de trabalhar para a evolução do nosso futebol dentro de campo.

Mais do que apatia, o Atlético está em nítido quadro de depressão.


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.