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Michele Toardik
Michele Toardik de Oliveira, 44 anos, é advogada, mãe, sócia ininterrupta há mais de uma década e obsessivamente apaixonada pelo Furacão. Contrariou as imposições geográficas, tornando-se a mais atleticana de todas as "fluminenses". É figurinha carimbada nas rodas de resenha futebolística, tendo como marca registrada a veemência e o otimismo incondicional quando o assunto é o nosso Furacão.
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Tenho sérias restrições com os reis do fair play. Esses caras super humildes, bem intencionados demais, que não perdem a linha, que não saem de cima do muro, que passam por média, que não são ousados e que nos desarmam com a sua “fofice”.
Afinal de contas, quem é louco de detonar alguém assim?
É impressionante, mas esse “tipo” tem o dom de elevar a nossa tolerância a níveis estratosféricos e nos tornar cegos diante do óbvio.
O cara pode ser um tiriça daqueles, mas se for “família”, demonstrar esforço, não gostar de balada, for humildão nas coletivas e cair nas graças do “Professor”, vira intocável e ninguém mais tira do time.
No entanto, pior do que jogador bom moço é técnico nessas condições...
E o Doriva se encaixa perfeitamente nessa definição, de modo que o seu histórico, a postura de queridão, educado e trabalhador, conseguiu disfarçar por um bom tempo o mal que ele vinha fazendo para a nossa equipe.
Por mais que discordássemos das suas escalações, mesmo reconhecendo a falta de padrão e até a insistência num esquema tático que não deu certo, ainda assim ficávamos cheios de reservas para criticá-lo proporcionalmente.
Perdendo ou empatando, era só ouvir o técnico que nos sentíamos conformados e quase culpados por almejar algo mais.
Acontece que o Doriva extrapolou na bondade com os outros times e, inclusive, tirando a titularidade do nosso artilheiro no ano, o que lhe custou o cargo! Aliás, só assim mesmo, porque se tivesse sido um pouquinho mais discreto nas bizarrices, certamente teria adiado a sua rescisão.
Chega de “Hoje não deu”, “Nós tentamos”, “Vamos trabalhar mais”...
O certo é que o Atlético não está nesse campeonato pra fazer amigo! Por isso, foi preciso meter o pé no técnico mocinho pra colocar no lugar dele alguém que já demonstrou poder contribuir para a evolução desse time, mesmo com as deficiências que alguns setores apresentam.
Se o Leandro Ávila é bom moço, isso eu já não sei. Mas um bom técnico isso ele já demonstrou que é! Isso é o que realmente importa...
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