Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Treinando e aprendendo

21/08/2014


A derrota de ontem para o Santos, por 2 x 0, deixou inúmeras lições para o atual treinador atleticano. Se Doriva for realmente um discípulo de Telê Santana e analisar com olhos educativos a derrota de ontem tomará algumas providências para o futuro rubro-negro na competição.

Primeira lição: Nossa equipe é intermediária. Temos um elenco interessante, mas que tem o perfil para ficar no meio da tabela, o que convenhamos, em um ano complicado e cheio de dificuldades não é de todo ruim.

Segunda lição: Precisamos de dois zagueiros urgentemente. Todo torcedor cobra há muito tempo a contratação de um zagueiro para ser titular. Léo Pereira, que ao lado de um zagueiro mais experiente, poderia trazer bons resultados no futuro, vem jogo a jogo cometendo erros infantis, que passam principalmente pela sua inexperiência e falta de alguém mais tarimbado para lhe auxiliar e orientar. Cleberson, infelizmente, não tem condições técnicas para jogar em um clube de primeira divisão.

Terceira lição: David é um jogador brioso, com identificação com o clube, mas não tem bola pra ser titular. Otávio, um atleta também da base, tem mais recursos técnicos que David, o que torna difícil entender a titularidade do mais velho.

Quarta lição: Bady não é volante, não é armador e não sabe cruzar, ou seja, não pode ser titular, quanto mais mantido em campo para ser a ÚNICA peça de armação da equipe. A alteração que sacou Marcos Guilherme acabou com a criatividade do time, que somente tinha as laterais como opção de ataque.

Quinta lição: Não vejo qualquer explicação razoável para Douglas Coutinho não ser titular do furacão. Artilheiro da equipe e peça importante em jogadas de velocidade, manter ele no banco traz prejuízo técnico para o time.

Sexta lição: Se mantiver a teimosia e não enxergar o óbvio, Doriva não chega ao fim do ano no comando da equipe.

Doriva tem muitas tarefas pra realizar se quiser se consolidar como um treinador de ponta, caso contrário vai pra vala comum das pseudo promessas como Sérgio Soares.


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