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Alexandre Sugamosto
Alexandre Sugamosto e Silva, 39 anos, é produtor cultural e consultor. Vê o futebol como uma guerra estratégica e acredita que a heráldica atleticana deve ser motivo de temor e reverência por parte dos adversários. Adepto do jogo ofensivo, sonha em rever os dias gloriosos do Furacão das Américas.
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Abre o olho, Doriva!
18/08/2014
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A campanha do Atlético no campeonato é boa. Considerando as trocas de treinador, a falta de reforços, a punição, que nos trouxeram jogos sem torcida, e a inexperiência do time, seria absurdo reclamar da nossa posição na tabela. Ponto.
O que devemos discutir, no entanto, é a atuação do técnico Doriva no banco do Furacão. Vou apresentar alguns pontos que me parecem problemáticos:
- Doriva mexe mal no time. Durante as partidas, vemos o treinador rubro-negro fazendo substituições estranhas, não opta pelo óbvio e parece querer imprimir uma ‘marca’ nas alterações que promove. Leandro Ávila era bem mais competente nesse quesito.
- A opção pelo 4-3-3, depois abandonada, foi uma tentativa cega. Pelas partidas que fizemos usando esse sistema, conseguimos perceber que a ideia ofensiva precisa ser treinada: um time com 3 atacantes precisa saber usar a cobertura dos volantes, a alternância dos laterais e, principalmente, deve conseguir marcar sob pressão o tempo todo.
- O treinador do Furacão insiste em escalar jogadores que não estão indo bem. É evidente, contudo, que não podemos jogar toda a culpa nas costas de Doriva: a diretoria não reforçou o time e tem contado com alguma sorte no método ‘não tem tu vai tu mesmo’.
No frigir dos ovos, a contratação de Doriva teve um efeito nulo no Atlético. Ele não está implementando nenhum estilo novo de jogo, o elenco continua com a mesma força de vontade de antes e não tivemos nenhum progresso significativo na tabela.
Vamos aguardar a sequência de jogos para ver se o aluno de Telê conseguirá chegar perto dos feitos do mestre. Por enquanto, Doriva é uma grande interrogação no banco do Atlético.
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