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Marcel Costa
Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.
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Não sei precisar que horas eram naquele momento, mas já estávamos nos pênaltis e o Reginaldo Nascimento preparava-se para a cobrança. Justamente o capitão adversário que no final de 2004 flertou com o rubro-negro, mas foi desprezado e continuou seu martírio verde. O Atlético vencia por 3x2 e sua cobrança era crucial para as pretensões do time do Delegado. A bola explodiu no travessão e a festa começou. Naquele exato momento surgiu uma faixa com os seguintes dizeres em verde: JÁ ERA! Este era o sentimento de todos, a festa verde acabara e agora o Paraná era novamente rubro-negro, o filho mais legítimo de sua terra voltava a dominar o futebol do Estado. O time dos paranaenses celebrava o 21.º título estadual de sua história, o sétimo contra o rival! Mas antes da festa, ainda teríamos o gol de Lima, o gol do título, exatamente como todos previam em seus mais otimistas sonhos pré-decisão.
Na semana passada escrevi que teríamos sete dias de decisão e que a distância entre o sucesso e o fracasso era pequena. Para sairmos vencedores bastava acreditarmos e os jogadores honrarem a camisa rubro-negra. Os dois jogos foram dramáticos, as vitórias saíram nos instantes finais, ambas através de Lima, um jogador criticado que deu a volta por cima e garantiu seu espaço no Atlético, com humildade e acima de tudo muita vontade. Lima e Fabrício lutaram por seus espaços e conquistaram trabalhando sério e recebendo as críticas como um incentivo. Hoje já não serão mais vaiados e terão espaço para jogar com tranqüilidade, mas precisam manter o ritmo e a determinação, pois no futebol não há espaço para os acomodados. Fabrício foi o melhor em campo e Lima o herói do título e da vitória na Libertadores. Agradeço publicamente aos dois jogadores que nesta semana mostraram que a camisa rubro-negra só se veste por amor!
O título foi de todos. O grupo estava unido e ciente de que o adversário não sairia consagrado mais uma vez em nossa casa. Mas entre todos os personagens da conquista queria destacar um em especial. O treinador Lio Evaristo. Um excelente profissional que está conquistando seu espaço no Atlético. Edinho foi inteligente ao escutar os conselhos de Lio em ambas as partidas. Lio é um sujeito humilde, vitorioso, simpático e conhecedor de futebol. Entende deste esporte como poucos e passou seu conhecimento tático e do elenco ao recém-chegado Edinho. Essa foi a fórmula da conquista. Juntos, Lio e Edinho poderão formar uma bela dupla de treinadores e quem ganhará com isso é o Atlético. Parabéns Lio pela sua capacidade e conhecimento. Parabéns Edinho pela sua humildade e vontade de vencer! A torcida atleticana agradece à comissão técnica pelo trabalho de recuperação do grupo durante a semana.
A festa ontem foi linda. Em todos os cantos do Paraná a torcida atleticana festejou. O mais importante foi derrubar o rival que já se auto proclamava tricampeão. De tri restou a TRIsteza de todos os verdes que devem ter acordado hoje com dor de cabeça. O troféu Evangelino da Costa Neves estará em nossa galeria eternamente. O ex-presidente verde pela segunda vez entregou o troféu ao campeão na Arena. A primeira foi em 2000 e a segunda em 2005. Pelo jeito, Evangelino nos dá sorte, pois quando esteve longe da decisão, em 2004, seu time conquistou o título. Quando foi convidado ao jogo nos entregou a taça de campeão. A mesma taça que durante anos ajudou a tirar de nossas mãos. Hoje o sonho acabou, a cidade acordou de ressaca da festa de ontem e o sol voltou a brilhar com intensidade na capital de todos os paranaenses. Afinal, o ATLÉTICO é campeão, contra tudo e contra todos. Saudações rubro-negras a todos atleticanos e agora vamos buscar a classificação na Libertadores e iniciar mais um belo Campeonato Brasileiro.
Perguntar não ofende: o que aconteceu com o Cruzeiro de Levir Culpi? Ele não dizia que esta coisa de ser sempre vice era bobagem da imprensa? O tempo passa e as coisas não mudam.
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