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Alexandre Sugamosto
Alexandre Sugamosto e Silva, 39 anos, é produtor cultural e consultor. Vê o futebol como uma guerra estratégica e acredita que a heráldica atleticana deve ser motivo de temor e reverência por parte dos adversários. Adepto do jogo ofensivo, sonha em rever os dias gloriosos do Furacão das Américas.
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Abandonai a esperança
14/04/2014
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O que resta ao torcedor atleticano depois da derrota na Libertadores e da eliminação no Estadual? Esperança, vã esperança. Temos que continuar esperando a diretoria rubro-negra, e principalmente o Sr. Antônio Lopes, decidir o novo rumo do clube para evitar outro vexame no Campeonato Brasileiro.
Avaliando a situação real do Atlético, não podemos alimentar as expectativas ufanistas de uma campanha maravilhosa no certame: com Miguel Portugal no comando e sem reforços só nos restará a luta para não descer de divisão.
Os petraglistas, ativistas polÃticos de ocasião, logo dirão que o perÃodo Malucelli foi bem pior, que caÃmos na gestão passada e subimos graças ao atual presidente. Não posso contestar esses fatos, mas remoer o passado não torna o presente mais bonito. É evidente que temos essa fabulosa Arena da Baixada, o planejamento de sermos campeões do mundo em dez anos, que eu acho inútil, a força da torcida e o descanso da pré-temporada... mas é o suficiente?
Vejamos os problemas técnicos do Atlético: não temos nenhum zagueiro, a saÃda de Manoel só piorou o quadro, nossos volantes passam por uma fase horrÃvel, carecemos de um armador e não temos substitutos para as peças do ataque. Falar mal de Portugal é chover no molhado: enquanto todos os treinadores se queixam do pouco tempo para trabalhar, Miguel teve quatro meses para selecionar, substituir, testar e escalar o rubro-negro. Resultado? Não conseguiu nem dar um padrão tático ao time.
Não se iludam, amigos atleticanos. Sejam os gigantes, os mais chuteiras, os fulanos e sicranos, a questão é que estamos há muito tempo sem ganhar uma taça. Times de futebol vivem de tÃtulos e fico muito preocupado quando vejo a apatia de certos torcedores com o nosso perÃodo de seca.
Dante, o poeta italiano, leu na porta do Inferno:’ abandonai toda esperança, ó vós que entrais’. Fica o mesmo recado para a torcida do Furacão.
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