Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Memórias

26/03/2014


Atlético é o time da camisa que só se veste por amor
Já teve Tico, Pateta e Pirata
Mas também gente que deve-se dar muito valor
Meu primeiro ídolo foi Marola
Arqueiro que pegava penais como nenhum
Mas também idolatrei Renato Sá e Carlinhos
Admirando o futebol de um por um
Comecei na Baixada antiga
Depois peguei muito Inter II rumo ao Pinheirão
Tempos difíceis, estádio gelado
Onde a cerveja mais parecia um quentão
Lá fomentei essa paixão doida
E esse clube comecei amando
Lembro ainda do adesivo que se vendia na arquibancada
Baixada...eu tô voltando!
E voltou para um estádio acanhado
Onde as sociais atendiam por “Farinhaquão”
E lá vencemos a segundona
Retornando a Primeira Divisão
E surgiu a geração Oséas & Paulo Rink
Relembrando ataques que são puro veneno
Como foram Washington & Assis
E também Jackson & Cireno
O tempo passou e mais uma vez mudamos
Desta vez para uma moderna Arena
Foram tempos de várias conquistas
Éramos muito fortes, coisa de cinema
Tri paranaense, algo inédito em nossa história
E também um Campeonato Brasileiro
Eu vi todos os jogos, até em São Caetano
Tendo privilégio de ver Alex Mineiro
E depois veio 2004
Com um time que era sensação
Coração Valente artilheiro, time forte
Mas que não conseguiu ser campeão
E fomos para mais uma Libertadores
Tido por todos como azarão
Diego, Cocito, Aluisio e Lima
Nos levaram a uma final cheia de emoção
Que se não fosse a covardia bambi
Tinha sido aqui no Caldeirão
Mas como nem tudo são flores
Foram três anos de grande aflição
Direção bobeava no elenco
E flertamos com a segunda divisão
Até que num ano maldito
Imitamos o que os coxas fazem a cada dois anos
Mesmo com a faca e o queijo na mão
Conseguimos cair para a segunda divisão
E mais uma vez longe de casa
Tivemos que deixar muita coisa em um plano segundo
Tudo pois nossa bela casa
Estava em reforma para a Copa do Mundo
E agora nesse momento de glória
Com campanhas que merecem nosso louvor
Com boas chances de vitória
E com um futuro promissor
Numa nova Baixada ainda mais moderna
Que vai de vez nos colocar em outro patamar
Deixando os adversários com inveja
Restando a eles somente lamentar
Enquanto isso a gente comemora
90 anos não é pouco não senhor
São anos de luta, lágrimas e glória
Da camisa que só se veste por amor

Dedico esse singelo e simples texto a atleticanos do passado e aos do futuro, não podendo esquecer dos amigos Adriano “Diabo”, Gerson, Nico e Ewerton, que levaram esse guri bem mais novo que eles ao estádio. Mãe me desculpe, eu menti, mas o motivo foi mais que nobre.

Eventuais erros devem ser perdoados, escrevi de coração, sem nada refazer nem corrigir



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