Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Atleticanismo

25/03/2014


Eu sou atleticana por herança genética. Nem todo mundo o é por conta disso. Mas eu sou. Sou atleticana porque meus pais são atleticanos. Sou atleticana porque o atleticanismo é parte da minha essência. Nasci atleticana. Não tenho como negar tal fato, nem lutar contra esse impulso rubro-negro. Morrerei atleticana.

Conheço gente que ludibriou o DNA. Sim, contradizendo toda a biologia molecular conseguiram sabe-se lá como fazer um desemparelhamento genético e verter sangue rubro-negro das veias. Outros, por incrível que pareça, romperam barreiras geográficas e tornaram-se atleticanos por autoproclamação.

Todos, sem exceção, fomos tocados pelo amor.

Com o Atlético é diferente do que dizem por aí. Falam que primeiro a pessoa se apaixona e nessa fase tudo é perfeito e feliz. Depois, ou a paixão acaba ou cede lugar para um sentimento mais nobre: o amor.

Nada disso aplica-se ao Clube Atlético Paranaense. A gente amou primeiro. Amamos profundamente.

E é esse amor que mantém a nossa paixão sempre ardente. A paixão pelo Furacão também faz ver tudo perfeito. E tudo errado. E tudo perfeito e errado ao mesmo tempo. Vaias e gritos. Empurrões e abraços. Choro e riso. Euforia e depressão. Porque somos apaixonados fazemos loucuras e arrependemo-nos por elas fazendo juras de que daremos um basta no Atlético. E por amor, segundos depois, voltamos atrás prometendo que jamais repetiremos tais impropérios.

E isso tudo não tem a menor explicação razoável para aqueles que não compartilham desse mesmo sentimento. A compreensão do que é o Atlético, da benção que é ser atleticano, da maravilha que é viver na arquibancada rubro-negra é para poucos. É para mim. É para você. Será para nossos filhos (os da herança genética!).

Completamos 90 anos de amores e paixões absolutamente exultantes por tudo que o Atlético nos proporciona. Como que por escolha divina, temos nessa semana de aniversário um pouquinho daquilo tudo que é a cara do Furacão. Desde a fanfarronice da surra que a piazada do #sub23dofinaldarua aplicou no time do viaduto, passando pelo jogo decisivo da Libertadores e chegando ao ápice da partida que, se ainda não é a verdadeira festa de retorno, vai dar um gostinho daquilo que será a definitiva volta pra casa.

Assim seguiremos por mais 90 anos. Transbordando de amor, enlouquecidos de paixão, certos de que não há felicidade maior no mundo do que ser atleticano!

A tradição, vigor sem jaça,
Nos legou o sangue forte
Rubro-negro é quem tem raça
E não teme a própria morte.



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