Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Pitacos

12/03/2014


PARANAENSE 2014

Um campeonato niveladíssimo. Mas por baixo. Ao menos as rodadas derradeiras trouxeram emoção, ainda que vejamos uma dificuldade extrema em se levar mais que três mil pessoas aos estádios.

O sub 23 do Atlético segue inconstante e até o momento nada justifica “poupar” garotos de 20 anos e que só jogam esse campeonato no ano. A goleada diante do esforçado Paraná Clube só não foi maior pois o tricolor de duas cores diminuiu o ritmo.

Por sinal nosso treinador Petkovic permanece meio que imune às críticas gerais pelo seu histórico e fama como jogador, mas seu trabalho consegue ser pior que o do tal Arthur Bernardes em 2013. Se a intenção do sub 23 é preparar os garotos para o time de cima, ele deve ser bem treinado e o sérvio infelizmente manda muito mal no comando técnico, escalando mal e mexendo pior ainda, sem contar ser novato na profissão e cometer os velhos erros e vícios de antigos treinadores.

Quanto a provocação do artilheiro do estadual, Giancarlo do Paraná, nada de anormal. Para ser sincero, gosto deste tipo de atitude “desrespeitosa” dos caras quando estão por cima. Onde termina a Rua Engenheiros Rebouças? Pois é, somos mesmo o time do fim da rua, assim como eles o time da favela, ou não? O futebol anda muito chato e politicamente correto, falta o Jardel prometer gol no clássico, o Viola imitando o porco ou o Paulo Nunes com a máscara da Tiazinha. Futebol é festa e alegria ou nenhum de nós deixa de tirar aquele barato com a cara do torcedor adversário após uma vitória?!

A vantagem de ser derrotado pelo Paraná é sua torcida ser tão pequena que fica difícil encontrar alguém pra rir com nossa cara. Melhor assim.

CONSELHO ATLETICANO

Haverá reunião do Conselho e dentre os temas debatidos a possibilidade de reforma estatutária e haver uma prorrogação do mandato dos atuais dirigentes. Se serve o pitaco, que façam o que sugeri quando conselheiro em 2008, para que a composição do conselho siga a mesma proporção das eleições, evitando a autocracia que vemos hoje, com 100% do conselho sendo formado pela chapa vencedora.

Quanto a prorrogação, discordo, salvo não saber os reais motivos dela ter sido sugerida. Vivemos de “mandatos tampão” de 2003 a 2008 e pensei esse momento de exceção ter virado coisa do passado.
Salvo se o grupo comandado por Mário Celso Petraglia não querer mais três anos à frente do clube, não entendo um suposto receio do pleito final deste ano. O clube vem sendo bem administrado face as inúmeras dificuldades encontradas especialmente na questão da finalização da Baixada, que vai muito bem, obrigado; voltamos para a Série A já no primeiro ano e justo na segundona mais concorrida e disputada da história; não só permanecemos na primeira como fizemos uma campanha muito boa que nos levou de volta à Taça Libertadores da América além de chegarmos numa inédita final de Copa do Brasil, justo na mais difícil de suas edições, já que contou com os brasileiros que também disputaram a Libertadores.

Lembre-se ainda que mandamos jogos em seis estádios diferentes (Vila Capanema, Vila Olímpica e Janguito em Curitiba, Germano Krueger em Ponta Grossa, Arena de Joinvile e Gigante do Itibere em Paranaguá), o que foi extremamente sacrificante aos sócios e mesmo assim os resultados obtidos foram bastante positivos.

Por tudo isso creio não ser difícil Petraglia e cia. permanecerem no poder por mais um triênio, se esta for a vontade da maioria dos sócios. Aguardo entretanto as justificativas que serão dadas aos conselheiros.

TIME PRINCIPAL

Perdemos mais duas semanas com o Miguel Angelo no comando técnico do time principal que disputa a Taça Libertadores. Aliás, a Taça Bridgestone Libertadores, pois o apoiador/patrocinador que banca um torneio destes merece ser citado.

Nosso time não é brilhante, mas nem de longe é ruim a ponto de ser disparadamente apontado como o mais fraco dos brasileiros que disputa o torneio continental, sendo por vezes desprezado e até mesmo esquecido nas resenhas esportivas nacionais. Não compreendo um clube que poupa acertadamente seu elenco principal para poucos e importantes jogos, conceder a um aventureiro sem currículo algum no futebol, um ilustre desconhecido como esse Portugal aí o comando técnico do time principal.

Vencer fora o fraco time peruano mostrará que grande parte da torcida pode estar errada, mas qualquer outro resultado mais uma vez demonstra que estamos perdendo o terceiro mês do ano com um treinador que todo mundo já percebeu que não vai dar certo. Ficar com ele é o mesmo erro de permanecer com Ricardo Drubsky na parada da Copa das Confederações e demiti-lo na rodada seguinte, quando todo mundo já sabia que sua saída era inevitável.

Para que perder tempo?


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.